Enquanto espero meu amigo terminar de pentear a porcaria do cabelo, uma ideia dança em minha mente: vou convidar César para ir conosco. Na outra noite Alessandro disse que ele não estava se sentindo bem, quem sabe ele não melhorou? algo inexplicável dentro de mim se importa muito com ele, uma necessidade estranha de protege-lo e dar muito carrinho, contudo, o garoto não colabora, parece que ele não vai muito com a minha cara, o que é normal, porque muitos dizem que eu tenho uma cara de nojenta, ledo engano, pois sou uma pessoa muito fodastica!
— Termina aí com o teu cabelinho e me encontra lá embaixo, tá? — Digo já do lado de fora do quarto.
— Beleza, gata.
Caminho aflita em direção ao quarto de César. E se ele rejeitar o meu convite? eu vou, sinceramente, ficar bolada. Paro em frente a porta e respiro fundo, é sempre um desafio falar com esse garoto, ele é tão rude quanto o pai, porém César, assim como Alessandro, sempre desiste do modo ignorante quando percebe que eu simplesmente ignoro as suas farpas.
Então está decido. Vou convida-lo mesmo tendo uma enorme possibilidade de levar um sonoro não bem no meio da fusa. Dou algumas batidinhas e espero a resposta do outro lado, depois de alguns segundos a porta se abre.— Ah, é você. — Ele Implica fazendo uma careta como se estivesse acabado de chupar um limão.
— Sou eu. — Rebato sua acidez com um sorriso de luz. — Você quer ir ao shopping comigo e o meu amigo?
— Shopping? — Ele rir em deboche. — Isso é coisa de mulheres.
Mas o quê que é isso? esse garoto definitivamente é filho do Alessandro.
— Nada de "coisas de mulheres", vai ser legal, coé vai querer ficar aqui sem fazer nada? sabe, no shopping tem um lugar com um monte de videogames pra você jogar. — Digo levantando as minhas sobrancelhas rapidamente em uma gracinha.
— Certo, Felícia, eu vou. — Ele aceita, toda via cruza os braços em desafio. — Mas se eu não gostar a gente volta na mesma hora. Combinado?
— Espera aí... porque você me chamou de Felícia?
— Sabe aquele desenho: Pink, Felícia e o cérebro?
— Sei...
— Poise, você é a Felícia.
Esse garoto só pode está me safadeando, como assim eu sou a Felícia?!
— Mas porque eu sou ela? — Pergunto incrédula com uma pitada de curiosidade.
— Porque você é sufocante igual a ela... E eu também ter acho meio doida.
Abro a boca estupefata. Doida eu sei que sou, então eu relevo, mas sufocante? poxa, eu só quero ser camarada com ele, não sufoca-lo.
— Beleza então. Eu sou a Felícia e você é o cérebro. Ok?
— Cérebro eu?
— Sim, senhor. Porque você é tão carrasco quanto ele.
César estreita os olhos.
— Tudo bem, está fechado.
Descemos, e Enzo já estava a nossa espera todo casual e lindo.
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Foi Você
RomanceEmília, 25 anos, alta morena e gordinha. Trabalha como secretária para Alessandro Begot, um cirurgião muito conceituado e respeitado, porém ele é um homem muito amargo e grosso, um verdadeiro cretino. Emília recebe uma proposta tentadora de seu chef...