Capítulo 24

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— A gente já chegou?

— Ainda não, Emília.

Minha costa encontra-se toda travada devido a posição que eu ficara durante muito tempo. Meu nariz está congelando, pois o vento frio castiga meu rosto nem nenhuma piedade, isso sem contar com a cãibra na minha bunda fazendo-a formigar. Puta que pariu! Em tanto lugar bonito em Londres a avó do Alessandro decide morar no fim do mundo.
Enquanto eu espero a chegada do nossa trajetória, eu fico pensando no que Laila me disse sobre Alessandro sempre voltar para ela, e se for verdade? Mas porque eu estou considerando alguma coisa se o que eu vivo com ele é uma mentira? Eu estou me conectando demais com tudo aqui, dando um grau de importância desnecessário, porém é inútil eu tentar evitar, pois quando eu me pego com a mente desecopuda é nesse belo moreno perigoso que eu foco, e eu gosto. Gosto muito no formigamento delicioso que esses pensamentos me proporcionam. Mas eu não posso me dar ao luxo de ser impulsiva, uma vez que eu não sei se há reciprocidade, pois a pior coisa que existe é amar sozinha.

Quando fecho o meu pensamento com essa reflexão dura, avisto uma bela casa autos e baixos simples porém refinada, uma típica casa de campo com um grande jardim para embeleza-la. Eu não sei porque, mas esse tipo de lugar me dá um tesão da porra, ainda mais quando chove de tarde e venta muito, então você vai deitar em sua espreguiçadeira com seu homem naquele frio bem vindo, e fazem um sexo delicioso de baixo das cobertas ao som da chuva e dos trovões.

Assim que moto fica em inércia total, pulo da mesma o mais rápido possível, meu traseiro preciso de ar, esfrego-o em busca de aliviar o sofrimento que minha pobre bunda passara durante horas. Todos saem dá caminhonete de Alessandro exalando cansaço, afinal saímos de manhã, e agora o seu está totalmente negro.

— Vamos entrar, minha gente antes que congelemos aqui. — Alicia alerta apertando o seu casaco no corpo. — Os homens ficam para levar as bagagens para dentro.

Sendo assim, deixamos os homens para trás e seguimos andando numa espécie de trilha feito com lindas pedras coloridas até a varanda dá residência.
Subimos as escadas, então Laila toca uma espécie de sininho (eu imagino ser a campainha), ouço passos se aproximando, logo a porto é aberta revelando uma idosa com cabelos totalmente brancos presos em um coque, ela vestia uma espécie de blusão quase até os joelhos junto com uma calça de tecido por baixo e uma sandália rasteirinha.
Quem está na frente é a curupira dá Laila, então a vovozinha a cumprimenta primeiro.

— Oh, minha querida, você está cada dia mais bela. — A senhora diz enquanto a acaricia o rosto da megera, eu, por minha vez, refiro os olhos.

— Muito obrigada, vovó, a senhora está radiante.

Elas se abraçam, então a querida vovó vai ao encontro de Alicia e Giulia.

— Hum, olá, Alicia.

— Olá, Sida.

Nossa, eu poderia cotar a tensão no ar com uma faca, é nítido que as duas não se bicam, olha que eu sou lenta mas eu consegui sentir o climão alí. Até Giulia ficou retraída e não olhou para Sida. Resolvi interver como uma linda fada madrinha.

— É... Olá, tudo bem?

Só então a senhora tira seu olhar duro de Alicia e olha-me.

— Quem é você? — A senhora me olha bastante curiosa.

— Eu sou Emília.

Foi VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora