Harry

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E foi isso o que eu pensei a noite inteira enquanto eu fazia meu cereal com leite em plena 23:00. Me cubro com o edredom e sento no sofá, indo assistir filmes que passavEu estava me sentindo pior do que péssimo. Eu me sentia um monstro. Sentia que todo mundo olhava para mim e falava: "Nossa, que cara mais frio e insensível.". E foi o que eu fiz mesmo, eu fui muito insensível com Louis. Ele queria conversar, e eu terminei isso numa briga. Bem... Eu não posso pressioná-lo a desembuchar logo sobre o problema que ele tinha ou porquê tomava remédios. Louis precisa de espaço, e que ninguém pergunte algo do tipo: "O que foi?" Ou "Por que você está chorando?". Ele precisa sentir as lágrimas dele em paz.
am pela madrugada. Será que eu iria ser demitido? O meu telefone vibrou. Era Ed. "Nossa, você é muito imaturo, Henrique", foi o que Louis disse pra mim sobre eu evitar conversar com Ed. Suspirei e atendi o telefone.

Me levantei e vesti uma blusa branca, uma calça skinny e um par de tênis. Eu gostava de botas, mas eu ando bastante naquela mansão, então vou de tênis mesmo. Pego o meu casaco e saio de casa. Saí de casa me perguntando se perdoar Ed foi uma boa escolha.
Eu estava no ponto de ônibus tomando um chocolate quente que uma mulher estava vendendo, quando o meu ônibus chegou. Vejo a propaganda nele: "Empresas Tomlinson". Lá, estava o pai de Louis e Louis. Ele parecia desconfortável, não no paletó, mas na fotografia, como se estivesse ali por obrigação.

—Ele não é lindo?- ouvi uma garota dizer à outra- Ele tem um monte de tatuagens! Tão sexy.
—E esses olhos azuis? Será que eles têm dono?

Observei as meninas pelo canto dos olhos. Subi no ônibus. Será que Louis namora? Não vi nenhuma foto de casal ou algo assim, e acho que ele não seria tão carrancudo.
Desci no ponto certo e abri o portão dos Tomlinson. Louis estava sentado no banco do jardim, olhando as rosas brancas murcharem-se aos poucos com a chegada do inverno aos poucos. Quando ele me viu, entrou dentro de casa. Corri atrás dele.

—Louis!

Ele entrou no quarto e fechou a porta na minha cara. A senhora Tomlinson, impressionantemente, ainda estava em casa, tomando um café na cozinha.

—O deixe em paz um pouco, Harry. Louis chegou em casa muito... Agitado noite passada. Ele... Socou a parede.- prendi a respiração- Louis não me deixou tocá-lo, talvez ainda esteja ferido.- a senhora Tomlinson suspirou- Escute Harry, não o deixe sair hoje. Para nenhum lugar. Não gosto dessas saídas de Louis, principalmente esses amigos dele. Não são boas pessoas, se é que me entende.
—Certo.
—Agora eu preciso ir. Tchau, doce. Qualquer coisa ligue.

A senhora Tomlinson pegou as chaves do carro e se foi, deixando a xícara na pia. 
Fiz um bilhete e tirei uma rosa do jardim. Passei aquilo por debaixo da porta de Louis. Ouvi a música que ele tocava no teclado parar. Ele deve ter se levantado. Louis abriu a porta.

—Louis!- exclamei ao vê-lo

Ele jogou a flor e a carta em nome fechou a porta com força. Ok... Por essa eu não esperava.

—Você pode ao menos me dar as revistas da National Geography?- pedi- A sua mãe só tem revista da Cosmopolitan.

Louis abriu a porta e jogou umas cinco revistas em mim. As apanhei. Louis abriu a porta de novo, vestido com um moletom preto cobrindo a cabeça com o capuz, usando uma skinny, tênis da Adidas e com um skate nos braços.

—Prepare o carro, Garry. Vamos sair.- ele desceu as escadas com rapidez
—Hã... Você não pode.- falei
—Como assim eu não posso?
—Sua mãe me proibiu de deixá-lo sair.

Ele subiu as escadas e fechou a porta do quarto com força.

Faziam horas que Louis não soltava um grunhido. Preparei pão com queijo e suco e subi. Bati na porta.

Strong >> l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora