Harry

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Não sabia se perdoar Ed era a melhor opção. Talvez eu seja bom demais e tenha tido coragem de dar uma segunda chance à ele. O caminho até a casa dos Tomlinson pareceu longo naquele dia, eu só conseguia pensar se aquilo foi o certo a ser feito.

*FLASHBACK ON*

Tinha acabado de sair da casa de Louis. A lembrança dos nossos lábios juntos um no outro me acompanhavam em cada passo que eu dava na rua. Fui andando até o ponto de ônibus até ouvir alguém chamar meu nome. Eu conhecia Ed tão bem que conseguia diferenciar a sombra dele das outras. Olhei para trás e o vi. Ele estava com uma moto nova. Às vezes me pergunto se Ed faz hora extra em algum outro trabalho, não é possível, ele tem um apartamento lindo e agora uma moto nova.

—Harry.– ele veio até mim
—Você não desiste, não é?
—Não.– Ed segurou minhas mãos– Harry, por favor. Me desculpe...
—Olha, Edward...
—Conta alguma coisa se eu disser que amo você?

Suspirei, e ele começou a chorar. Edward ficou de joelhos e me abraçou. Ele conseguia ser bem dramático quando queria.

—Claro que conta.
—Então por favor... Eu me arrependi Eu não sou nada sem você.– Ed soluçou– Eu sou completamente louco por você, Harry. Eu não deveria ter... Te machucado. Me dê uma segunda chance, por favor.

Ele limpou os olhos no meu casaco.

—Você o quê?!– berrou Gemma
—Shiii! Mamãe nem desconfia que ele fez isso. Se você ficar berrando ela vai descobrir.– sussurrei
—Você é um trouxa, Harry.

Às vezes, eu e minha irmã conversávamos pela madrugada quando eu ou ela precisávamos de alguém para desabafar. Sempre foi assim, e eu até me orgulho de termos essa relação.
A mesa da cozinha estava com uma vela, que iluminava um pouco as paredes da casa.

—Você não acha certo?
—Você está brincando comigo, certo? Edward não presta! Ele te machucou, e para mim, isso não tem perdão.– ela cruzou os braços
—Gemma, meu aniversário está chegando e ele vem jantar com a gente.– ela me olhou como se eu fosse um sem-noção ou algo assim– É. Finja que está tudo bem. Pela mamãe.
—Eu não vou fazer isso. E não vou proteger a mamãe da verdade, vou proteger você daquele cara escroto.
—Gemma...
—Harry!– ela aumentou o tom de voz– Ele é perigoso.

Gemma estava certa, mas eu não queria dar um passo atrás. Eu queria perdoar Edward, e foi isso o que eu fiz. Errar é humano.

—Errar é humano, Gemma.
—Mas errar mil vezes como você está fazendo, é burrice.– engoli em seco– Pensa que eu nunca reparei nos comportamentos agressivos quando vocês brigavam? E você sempre cede. Você sempre pede desculpas! 
—Não é verdade.
—É sim! Você não quer aceitar que seu namorado é um louco!– estávamos falando um por cima do outro e começamos a discutir
—Olha Gemma, só porquê ninguém liga pra você, não significa que eu tenha que desperdiçar as minhas chances de ser feliz! – fiz uma careta– Toc toc? Quem é, Gemma?– ela me olhou– Ninguém!– falei alto– Você pode me deixar fazer isso?

Eu fiz de novo. Quando fico com raiva, minha boca trabalhava sem controle e acabava vomitando palavras fortes e que possam magoar alguém que só estava tentando conversar. E que história foi essa de toc toc?

—Você é muito imbecil, sabia? –ela se levantou– Olha, quer saber, Harry? Eu vou pro quarto.
—Gemma, espera...– estava arrependido e segurei em seu braço, mas ela me empurrou e me mostrou os dedos do meio. Percebi que seus olhos estavam cheios de água
—Vai dar o cú, Harry! É o que você faz de melhor!

Mamãe apareceu na escada, acendendo a luz. Nossos olhos foram até ela.

—O que está acontecendo aqui?– a voz de minha mãe estava rouca, tinha acordado com a gritaria de Gemma
—Estou cagando e andando para você, Harold. Que ele te espanque até você ficar hétero.

Strong >> l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora