Louis

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Eu estava sorrindo de novo. Estava ficando comum de novo que nem contava mais às vezes que sorria no dia, fazia parte do meu tratamento. Harry causava isso em mim. Ele estava na minha frente, segurando firmemente minhas mãos.

—Solte, Louis!– ele riu– Você consegue!
—Eu não consigo, Haylie!

Harry se afastou de mim, me deixando sozinho no meio da pista.

—O que está fazendo?!
—Eu sei que consegue. Venha até mim.– ele ficou parado
—Eu não consigo, Styles!
—Vou estar aqui quando você vier.
—E o que eu ganho se eu for até aí?
—Um beijo.

Fiquei vermelho e olhei para a água congelada nos meus pés. Mexi as pernas e patinei. Minhas pernas se mexiam rápido, tanto que eu não conseguia parar. Harry me segurou pela barriga, me fazendo parar. Rimos e nos olhamos. Ele me deu um beijo no rosto, me fazendo curvar e rir. De repente, começou a nevar, e tivemos que sair da pista.
Harry estava com as mãos nos bolsos, rindo de mim ainda patinando. Chamamos o nosso táxi e ficamos esperando perto da esquina. A neve estava caindo pelo casaco de Harry, deixando pequenos pontos brancos.

—Estou com frio.– ele reclamou– E ainda estou todo empacotado.

Desenrolei um pouco meu cachecol, fiquei na ponta dos pés e enrolei em seu pescoço. Harry olhou para mim e eu fiquei vermelho, e não era por conta do frio. Estávamos tão perto um do outro, que a respiração visível no ar de nós dois deixava a minha visão embaçada. Harry puxou o cachecol, me fazendo ficar mais perto dele. Nossas cabeças se dobraram, querendo encaixar nossos rostos um no outro. Eu tinha tanto medo de me acontecer isso de novo. Ninguém nunca iria entender como isso dói.  Mas eu não podia evitar, estava apaixonado por Harry Styles, o gigante desajeitado. Meus olhos se fecharam e minha respiração ofegante saiu ente meus lábios. Harry aproximou seus lábios devagar dos meus, acho que ele estava com medo que eu sentisse medo. Nossos lábios inferiores se tocaram e senti todos os meus pelos se eriçarem por todo o o meu corpo. A coluna se curvou levemente, para alcançar uma determinada parte do meu corpo. O rosto de Harry avançou para o meu pescoço e ele afastou o cachecol. Ele beijou minha pele, me fazendo suspirar. Minhas mãos foram parar nas suas costas e o puxei para mais perto de mim. Eu precisava de mais, mais calor. As mãos dele também me apertavam contra ele. Nossos corpos estavam colados, mas eu precisava que ele chegasse mais perto. Harry mordeu minha orelha, me fazendo perder completamente a noção de que órbita eu estava. Eu estava amando aquele momento e poderia vivê-lo para sempre, a calma dele me delirava, mas eu queria sentir cada toque dele com cuidado para ser sentido com intensidade. Dei um passo para trás e acabei escorregando para trás, trazendo Harry comigo. Ele riu. Suas mãos me prendiam contra o chão.

—Meu Deus, você está bem?

Assenti com a cabeça, não conseguia falar nada, eu precisava dos lábios dele na minha pele, precisava senti-los, e essa urgência estava se apoderando sobre mim.
Harry se levantou e me ajudou a levantar. Ficamos nos olhando por um tempo, tão vermelhos quanto tomates. Ele apertou os olhos.

—Me-me desculpe. Eu não sei o que deu em mim, eu estou trabalhando, não posso fazer isso.

O ignorei. Fiquei na ponta de seus sapatos e o beijei nos lábios, segurando sua cabeça para mais perto da minha. Harry ficou surpreso no primeiro segundo, mas ele e eu sabíamos que esse momento chegaria, e nem sei quem tinha mais medo, acho que era eu. Dei permissão de Harry explorar minha boca com sua língua. Não sei quanto tempo durou, meu tempo parou no exato momento em que nossos lábios se tocaram. Ofegamos e voltamos a nos beijar. Ele nos levou até o beco e me encostou na parede. Os lábios calmos e pacientes de Harry pareceram perder o controle. Seus lábios se encostaram no meu pescoço e ele chupou minha pele. Segurava seus cachos entre meus dedos.

Strong >> l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora