Louis

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Harry era o único que conseguiu finalmente me animar naquele hospital. Eu ficava pensando que eu não era bom o suficiente para ele, que se eu desse mais um decaída dessas, Harry poderia me deixar. Ninguém quer ficar com alguém problemático como eu. Ninguém merece.
Eu estava de péssimo humor naquele dia, mas mesmo assim queria ver Harry. Ele chegou muito animado naquela manhã.

—Lou, eu quero te fazer uma pergunta.
—Faz, ué.
—Casa comigo?

Arqueei as sobrancelhas. Eu não assimilei direito a pergunta. Ele estava tão feliz, com um sorrisão daqueles, mostrando as suas covinhas no rosto. Todos os dias Harry parecia ficar mais bonito pra mim. Quando ele amarra os cabelos ondulados num coque, quando ele usa seus melhores sobretudos e botas... Sempre era uma novidade. Mas naquele dia, Harry nunca esteve tão bonito. Os olhos verdes dele estavam marejados. Ele estava falando sério.

—Você quer ou não?– ele sorriu
—Assim? Do nada? Não.
—O quê?!
—Eu quero um pedido direito.

Me levantei da maca com dificuldade e fiquei de pé. Harry me olhou e entendeu o recado. Ele se ajoelhou e riu, pegando na minha mão.

—Louis Tomlinson.
—Harry Styles.– eu não conseguia disfarçar o sorriso
—Você...
—Eu.
—Quer casar comigo?

Eu não conseguia parar de sorrir e meus olhos ficaram marejados. Parece que Harry não quer desistir de mim mesmo. Do problemático Louis Tomlinson. Talvez ele me ame mesmo como eu o amo. Ou talvez não tenha conhecido muitas pessoas.

—Dá pra você responder?
—Quero.– limpei os olhos

Harry se levantou e beijou meus lábios. Pareceu a primeira vez que nos beijamos. Na neve. Foi tão sentimental quanto. E não tem como enjoar aqueles lábios. As mãos dele correram pelo meu pescoço e senti seus dedos na minha pele.

—Dessa vez, você vai subir com alguém no altar.

Consegui rir e rolaram lágrimas pelo meu rosto.

—É uma promessa.
—Dá pra parar de ser tão fofo, Rupert?– limpei os olhos
—Sério? No casamento você vai errar meu nome?
—Não me provoque, Rubens.

O nosso lábios se selaram e foi uma mistura de sorrisos e beijos. Eu estava feliz de novo. Talvez fosse isso que eu precisasse? Um casamento? Não, eu precisava de alguém que provasse que me amasse de verdade, que subisse comigo num altar, fazer o que Edward não fez.

—Dorme comigo aqui hoje?

Harry me olhou pevertidamente.

—Não é isso, imbecil.– ri– É só dormir. Mesmo.

Harry exclamou um som de protesto, mas aceitou.

—Sério que você vai dormir só de cueca?– perguntei
—Vou. Vai que você muda de ideia.

Ri e deitamos na minha cama e ele enrolou seu braço no meu corpo. Pela primeira em anos, eu me senti seguro. Eu me senti inteiro. Não era só pelo Harry, pelo fato de eu ter encontrado o amor da minha vida. Não era só isso. O mundo voltou aos poucos a ser colorido e a me inspirar nas pequenas coisas. Como quando eu tocava no meu teclado inocentemente, sem ter que me culpar pela morte de meu pai. Não era somente Harry, era eu mesmo, começando a ter amor próprio, coisa que eu nunca aprendi a ter. Com tudo aquilo que passei, todas as decepções e vezes que caí, aprendi muitas coisas. Como me amar e a gostar de mim mesmo, como realmente sou. Que eu me tornei alguém que eu gostaria de ser. Graças a Harry Styles. Ele me ensinou a ser feliz de novo. Ele me fez amá-lo cada dia mais.
O amor é um dos sentimentos mais difíceis de descrever e um dos mais complicados de adivinhar quando e como ele vem. E eu esperei muito por Edward. Eu esperei que meu amor batesse na porta e voltasse pra mim. Mas isso não aconteceu. Aconteceu algo muito melhor e muito mais sexy, chamado Harry Styles. E olha, o amor chegou até mim. Ele literalmente entrou na minha casa sem que eu o convidasse.
Segurei a mão de Harry contra o meu rosto e senti sua pele quente  e macia.

Strong >> l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora