Harry

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—Viagem?–perguntou a senhora Tomlinson
—É, Louis adoraria ver sua banda tocar em uma cidade do nosso estado. Seria uma rápida viagem de ônibus.– ela levantou uma sobrancelha –Pense como seria bom para ele.
—Bem... Posso até considerar a ideia. Mas deve ser depois do meu aniversário. Já é semana que vem. O senhor está convidado, senhor Styles.– ela sorriu
—Agradeço o convite, Jay. Só não posso prometer que eu vou.

Penso como Louis iria se sentir desconfortável se caso eu não fosse. Afinal, eu sou o único com quem ele conversa de verdade.

—Por que a senhora não convida os amigos de Louis?– sugeri e ela quase se engasga com o café
—Enlouqueceu? Chamar aqueles vândalos para a minha casa!
—Eles não são vândalos, são pessoas, e se chamam Zayn e Niall.– ela me olhou– Sei que a senhora pode detestá-los, mas lhes dê uma chance de mostrar que podem ser cavalheiros também.
—Eu não sei...
—Se não quer nem tentar por você, tente pelo seu filho. Ele ficaria bem orgulhoso de você por ter ao menos tentado.

Tirei meu dinheiro da carteira e me fui. Sempre quis fazer isso.
Coloquei o cachecol e o gorro nos ganchos perto da porta. Bati o pé no tapete e entrei em casa.

—Harold? –chamou minha mãe– É você?
—É o tio Harry, vovó.– disse Charlie
—Não! –fiz uma voz grossa e bati o pé no chão com força– Não sou o tio Harry!– entrei na cozinha e vi Charlie escondido debaixo da mesa– Sou um monstro que come tripas se garotinhos que se escondem debaixo da mesa!

Levantei a toalha e Charlie gritou, rindo. O puxei, coloquei no meu ombro e beijei o rosto da minha mãe.

—Acho que vão me dar um aumento.– falei
—Jura? Por que?
—Vou viajar com Louis para ele ver sua banda preferida.
—Oh, Harry... Isso é ótimo!

Ouvimos a porta de algum carro bater com força do lado de fora de casa. Eu e minha mãe corremos para a janelinha e era Gemma. Ela já estava na calçada de casa, quando um cara desceu do carro e a segurou pelo braço. Gemma soltou-se e lhe deu um bofetão na cara, fazendo eu e a mamãe prendermos a respiração. O cara ficou completamente sem reação e Gemma fazia gestos com os braços para ele ir embora, e foi o que ele fez. Eu e a mamãe nos olhamos e voltamos às nossas posições.

—E vê se não me liga mais, seu filha da puta!– Gemma bateu a porta
—Filho da puta.– repetiu Charlie

Eu e a mamãe o olhamos sentado nos meus ombros. Gemma apareceu na cozinha e nós a olhamos.

—Foi o cretino do Philipe. Não se preocupem.– Gemma se sentou
—Ele é um filha da puta, mamãe?– perguntou Charlie

Todos nós o olhamos e depois Gemma nos olhou, furiosa.

—É isso que ensinam para o meu filho? – ela se levantou e pegou Charlie dos meus ombros– Não posso contar mais com ninguém!

Eu e a mamãe nos olhamos e vimos Gemma subir as escadas de casa e ir para o seu quarto.

—Acho que você devia ir falar com ela.– sugeriu minha mãe, enxugando o suor no avental
—Por que eu?
—Porque você é irmão dela!
—E a senhora é a mãe!

Reviramos os olhos e sacudimos nossas mãos, numa partida de pedra,papel e tesoura. Eu coloquei pedra e mamãe papel, que vibrou com a grande vitória.
Subi as escadas. Odiava conversar com Gemma quando ela estava irritada. Ela nunca escutava. Bati na porta e entrei sem esperar a resposta. Gemma estava colocando Charlie para dormir, quando me viu, suspirou e limpou seus olhos.

—O que é? –ela perguntou
—Ã... Você quer conversar?
—Na verdade, não. Mas eu sei que você não vai embora.
—É, eu não vou mesmo.

Strong >> l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora