Otto

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- Mas eu não fiz nada! - gritei.

Não houve resposta. A Luna já se tinha ido embora, tínhamos de nos preparar para sair daqui. Levantei-me, limpando as lágrimas dos olhos e deixei o corpo do Otto no meio do hall. Ele tinha morrido com os olhos abertos e eu fechei-os.

Sabia que não conseguiria arrastá-lo até à floresta ou à capela.

Subi as escadas para o primeiro andar. Tinha as minhas coisas numa sala de aula ao fundo do corredor.

Mas o Otto tinha as dele na mesma sala.

Ele não merecia isto, ninguém merecia. A culpa não era dele, ele não tinha feito nada. Ele nem sabia o que estava a acontecer.

Decidi ir dar um passeio na floresta.

Eu sei que era imprudente depois de todo o cuidado que tínhamos tido mas eu precisava mesmo de sair daquela escola.

Lembrava-me que a casa da floresta ficava algures a norte e tinha a minha espada. Não estou a ver como é que o Ben me podia matar.

Claro, havia os dardos mas eu ia ter cuidado.

O que podia acontecer agora?

Caminhei pela floresta em direção ao que devia ser a casa de madeira. Quando lá cheguei, a casa parecia normal, silenciosa.

Então, uma pessoa apareceu na janela.

Otto.


Desculpem pelo capítulo curto mas queria que acabasse assim.

maffviana

ILDA - Sem SaídaOnde histórias criam vida. Descubra agora