Devem estar a gozar!

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Preparem-se para revelações chocantes...

Estávamos um pouco traumatizados quando fomos dormir mas o pior foi quando acordámos...

- Ben! Benedict! - gritava uma mulher que devia estar perto da tabuleta que dizia "Bem-vindos, Campistas".

Todos nos vestimos rapidamente, prontos para enfrentar a Ilda com as nossas armas mortais quando vimos uma mulher parecida com a nossa professora e um grupo de doze miúdos da nossa idade.

O Ben olhou para mim e disse:

- O apelido da vossa professora é Peters, certo?

Todos o olhámos, preocupados.

- Não! - respondeu o Jack. - É Peterson!

- A vossa professora não se chama Rita Peters?!

- Não! Chama-se Rita Peterson!

Ficámos calados durante um bocado e ele concluiu:

- Pois, lamento informar mas... estão no campo errado.

E foi aí que o Otto perdeu o controlo:

- Estás a gozar?! A Ella morreu e a Ridley anda a ser perseguida por um fantasma! Caso não tenhas reparado, eu quase fui atirado ao rio! A Ridley esteve quase a afogar-se! A Josie foi pendurada a dezenas de metros do chão e quase morria! E estás a dizer-nos que estamos no CAMPO ERRADO! Puseram nas nossas mãos armas mortais a sério! Há uma maluca com dardos envenenados que nos quer matar! Eu estou a segurar veneno A SÉRIO! - gritou ele.

- Eu sei que isto pode parecer um pouco estranho para vocês... - tentei explicar ao grupo que acabara de chegar. - Nós estamos prestes a ir embora, podem fazer o mesmo.

- É para já! - exclamou uma rapariga com o cabelo pintado de azul ciano.

Ela andou até ao riacho e passou uma mão para o outro lado. Como por magia, na mão dela apareceram vários arranhões e ela voltou para trás a gritar de dor.

Acho que a cena deste sítio é "podem entrar mas não podem sair".

Boa...

- E agora? - perguntou um rapaz loiro.

- Acham que temos algum tempo limite para sair daqui? - perguntou o William.

Como em resposta, o meu telemóvel tocou e eu atendi:

- Sim?

- Ilda?

- Sim, sou eu. O que foi?

- Eu sei que adorar desafios e, por isso, vou dar-te um. Tenho a certeza que nunca vais superá-lo.

Engoli em seco.

- Diz.

- Se sobreviverem, estão livres de sair daqui.

Estava esperançosa e pus o telemóvel em alta-voz:

- Têm uma semana para sobreviverem a mim. Há um edifício a dez minutos a pé daqui, uma escola católica. Têm lá comida e água, podem ficar lá se quiserem, a escolha é vossa. Se sobreviverem a todos os meus... ataques, são livres de sair.

- Hum... - fez o Harry.

- Até lá... cuidado.

E desligou.

Estávamos todos assustados. Até os outros miúdos já tinham percebido que aquilo não era só uma brincadeira.

Ia ser uma longa semana...

ILDA - Sem SaídaOnde histórias criam vida. Descubra agora