CANAMEDIAM: A Casa Dos 25 Machos

10.: Vadia's Trap

[Narrado por Bryan]:

+FLASHBACK+

Dias, semanas e meses se passaram. O aniversário do Olly chegou e por coincidência, ele e minha mãe fazem aniversário com quatro dias de diferença, então houve festa pros dois. Imagine como é viver com dois geminianos numa casa?! É foda ter que ficar aturando a mudança de humor repentina deles. Bipolaridade é normal na minha mãe e no Olly, e ainda bem que consigo me proteger antes deles me atacarem.

Flávio é Leonino, e saber disso é legal, pontos a mais para mim. Ele ama quando aumentamos o ego dele. Além de eu ficar feliz em vê-lo se gabando como se fosse a última gota d'água no mundo, ele também fica feliz. Ele é meio estourado às vezes, mas diante de mim ele não tem todo esse poder de domínio que ele acha que tem. E ele gosta de saber disso.

Enfim, era aniversário do Olly e a festa que ele deu na casa dele acabou dando mais problemas. Ele convidou uma garota da academia, que convidou uma outra garota que, por coincidência, é amiga da Julie e acabou levando a puta também. Não fiquei nem um pouco feliz. Nem o Flávio. Pode-se dizer que houve briga.

Olly: — Aquela vadia tá armando. Olha a cara. — deslizei o olhar pela sala lotada de gente e vi que Julie olhava pra nós com uma cara de quem iria aprontar. Disfarcei e sorri.

Eu: — Sim, ela está armando algo. Cadê o Flávio?

Olly: — Estava na cozinha com o Márcio... Vou ver o que ela está aprontando, espere aqui. — ele entrou no meio da multidão e desapareceu.

Fui para a cozinha e vi Flávio conversando com Márcio, Lucas e Amanda, a namorada de Lucas. Não a conhecia, mas foi uma satisfação conhecê-la pessoalmente. Ela é bem legal. Trabalha numa joalheria chamada Glamour, que é bem famosa em uma cidade próxima. Dizem que é uma joalheria muito bem frequentada, mas... Continuando, Lucas agora se tornou um ótimo amigo, e acabamos convidando ele e Amanda. Pelo menos não tá tendo briga entre ele e o Flávio.

Bom, maioria estava dançando loucamente na sala. Eu não estava com muita vontade de pular como os outros e nem de gritar. Por um momento me senti estranho e enjoado. Subi pro quarto do Olly e fiquei olhando a Sra. Lua pela janela. Estava tão linda...

Estava escorado na janela, com um certo enjoo, e me esqueci do resto. Uma pergunta veio à minha cabeça. Será que conhecem a Lua de verdade? Tipo... tem cientistas estudando e blá blá blá, mas será que tudo o que eles dizem de lá é verdade? Será que existem seres de outro mundo? Será que existem seres inteligentes além dos humanos?

Ah, bem que poderia existir. Eu adoraria conhecer um alien. Seria muito foda! Pena que nunca vai acontecer. Pelo menos não comigo. Nada de importante acontece na minha vida.

Alguém tocou minha cintura e me assustei, mas ao sentir lábios macios no meu pescoço relaxei.

Eu: — Pensei que estivesse se divertindo com os outros e esqueceu de mim.

— Impossível esquecer alguém tão... Gostoso... — ouvir aquela voz foi o suficiente para eu me virar e empurrar aquela pessoa pra bem longe.

Eu: — Quem é você?! — o moleque atrás de mim, vestido apenas com roupas pretas, riu e tirou a blusa. Percebi que o cabelo dele estendia-se até um pouco acima dos ombros, com uma mecha branca na parte da frente, jogada para a direita, e seu sorriso malicioso me deixou com um pouco de receio da proximidade.

Nico: — Me chame de Nico, Gracinha. _ ele deu uma investida, mas desviei tão rápido que até deu uma tontura. — Tava te olhando na festa e logo percebi que tu é boiolinha.