29.: Festa demoníaca.

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¥[Narrado por Bryan]¥



FLASHBACK:





Passamos o dia todo Ali dentro do quarto. O quarto que seria meu e do Flávio durante uma semana inteira, para nos divertirmos e aproveitarmos meu aniversário. Queria estar com aquele cara doce e sensual de novo, pensando no quanto ele me amava e não seria capaz de me magoar. Queria que tudo fosse mais perfeito e que minha vida não me desse uns pontapés dolorosos assim.



Eu estava sentado em um sofá com o rosto entre as mãos, olhando para o chão em puro silêncio. Olly estava ao meu lado batendo os pés e bastante inquieto. Flávio e Márcio estavam no outro sofá e conversavam baixo. Eu não tinha nenhum interesse em escutar, o que estava me preocupando mesmo eram as pessoas naquele parque. E se o Alejandro viu um dos Processados lá e pegou todos? Isso estava destruindo minha mente de dentro pra fora!



Marcelo: - Bryan... - levei um susto quando ele passou pela porta com uma certa brutalidade.



Eu: - O que está fazendo aqui? Deveria esta com os outros.



Marcelo: - Não! Lá está chato e odeio receber ordens. - me levantei e fui até ele.



Eu: - Raven vai te matar.



Marcelo: - Não se ela não souber que vim. Agora me conte como está? Algum enjoo ou algo do tipo? Dores de cabeça?



Eu: - Não, estou bem. Só preocupado com as pessoas no parque. E se os médicos conseguirem encontrar todo mundo? O que acontece conosco? - falei baixo para os outros não escutarem.



Marcelo: - Não sei. Talvez iríamos para esse tal laboratório. Mas eles não vão nos encontrar, então se acalme. - ele me puxou de encontro ao seu peito e me abraçou bem forte. Parece que aquilo foi mais para confortá-lo, e não confortar a mim. O bom de abraçar homens é que eles abraçam assim, com essa força, que nem o Marcelo e o Márcio. Ou é de família. Deitei minha cabeça naquele peitoral fofo e foi inevitável chorar. Eu estava muito nervoso, não só por tudo o que passamos até agora, mas por minha preocupação também. Tanto com meus amigos no hotel da minha mãe, principalmente minha mãe, quanto com os amigos daqui.



Eu não conseguia acreditar que estava passando por tudo aquilo. Criaturas com habilidades estranhas, meu noivo beijando outra pessoa, novos amigos diferentes e assustadores, novos tipos de conhecimento... É muita coisa.



Marcelo: - Calma. Nós vamos em segurança pra casa nem que eu tenha que montar num pteranodonte e te carregar. - eu ri e limpei as lágrimas.



Eu: - Quando te vi naquele carro, achei que era um daqueles caras irritantes que se acham o máximo só pelo fato de serem bonitos... bom, você é um pouco, mas pelo menos você é gentil e legal. - ele riu e o soltei.



Marcelo: - Estamos juntos nessa. Bom, eu poderia estar curtindo a piscina e o sol, mas corro risco de virar um robô mutante e atacar todos meus amigos, então acho melhor sossegar aqui.



Flávio: - Já chega dessa palhaçada. - não entendi o que ele disse, até ele segurar forte meu braço e me puxar com força pela sala e tentar me levar até o quarto.



Eu: - Me solta! - tentei empurrá-lo, mas ele não soltou, apenas apertou meu braço esquerdo com mais força e continuou me puxando.



Márcio: - Ei, ei, ei! O que está fazendo, Flávio?! - Ele entrou na frente e Flávio parou, mas não soltou meu braço.



Flávio: - Saia da frente, Márcio. Isso não é assunto seu. - e voltou a me puxar para o quarto.



Eu: - Para! Você está me machucando! - me chacoalhei tentando sair, mas foi inútil.

CANAMEDIAM: A Casa Dos 25 Machos Onde histórias criam vida. Descubra agora