¥[Narrado Por Bryan]¥
FLASHBACK:
Marcelo: — Alejandro. Por quê?
Eu: — Ah, porra...
Marcelo: — Por que? O que tem esse médico? Ele tem algum histórico ruim?
Eu: — Meu amigo e eu começamos a ter essas visões depois que o Dr. Alejandro e um outro médico, o Dr. Rique, foram na antiga pensão da minha mãe.
Marcelo: — Rique... sim... é, eu conheço. Foi ele, junto com o Dr. Alejandro e um outro médico que vi entrando no elevador com um dinossauro com asas. Eu pesquisei sobre e descobri que é um Pteranodonte, de acordo com os detalhes. O animal estava com uma coleira brilhante e as asas presas em algum tipo de corda, que as impedia de abrir completamente.
Eu: — Isso é estranho...
Só foi falar que já me senti esquisito. Minha barriga começou a vibrar e minha visão ficou turva. Aquilo só significava uma coisa... e faz tanto tempo que não acontece...
Eu: — Lá vamos nós... – Fechei os olhos e foi como se alguém me desse um empurrão pra trás. Perdi a consciência, viajando para outro lugar bem distante.
Abri os olhos e eu estava... estava fora daquela carverna. Eu estava no mesmo lugar onde me despedi do Flávio. Olhei ao redor e várias pessoas andavam pra lá e pra cá rindo. Não conseguia falar nada, apenas andar, então iria procurar pelo Flávio.
Caminhei por todos os cantos e não o encontrei, mas encontrei alguém que podia me ver. Raven, a recepcionista daquele Flex luxuoso em que estávamos hospedados. Ela me olhava fixamente sem desviar e eu resolvi ir até ela. Passei minhas mãos bem na frente de seu rosto e ela acompanhou cada movimento meu.
Raven: — Eu não sou cega, Moleque.
Eu: — Você pode me ver? – finalmente consegui pronunciar alguma coisa! Minha voz saiu mais baixa e falha que o normal, mas pelo menos saiu.
Raven: — Claro, tenho olhos pra isso.
Eu: — Não, você não entendeu... só você pode me ver. – um homem passou através do meu braço e ela arregalou os olhos.
Raven: — Espera... espíritos não falam assim. O que você é?!
Eu: — Eu não sou um espírito! Estou vivo!
Raven: — Mas... como você se projetou para cá, Moleque?!
Eu: — Não sei, apenas... ah! Droga! – olhei para a caverna do Expresso do Inferno e apontei para lá. — Estou preso lá dentro com um amigo. Tem uma criatura enorme tentando nos matar!
Raven: — Um Nadrago... não acredito que ainda está vivo depois do que fizemos... isso não é possível.
Eu: — Não sei que porra é essa de Nadrago, mas não quero morrer!
Raven: — Moleque, olha... só fique onde está e não se aproxime do Nadrago, senão ele vai te devorar e usar sua carcaça como brinquedo.
Eu: — Olha... como estou aliviado com essa ajuda. Acho que a porta de metal não vai aguentar com ele batendo e arranhando ela o tempo todo com aquelas garras enormes!
Raven: — Vou buscar alguns amigos pra tirar vocês de lá. Se esconda e não deixe os esponjas te pegarem.
Eu: — Esponjas?
Raven: — Se fizer piada com aquele desenho idiota, eu mesmo te devoro! – ela pôs a mão no bolso, tirou um frasco pequeno de perfume e espirrou na minha direção. — Loção com de cristais de quartzo e pó de alecrim, vai evitar de te farejarem. Esponjas são os que podem absorver tua energia astral e até te matar. Se mantenha longe!
VOCÊ ESTÁ LENDO
CANAMEDIAM: A Casa Dos 25 Machos
Storie d'amoreMais uma obra sobrenatural pra quem gosta. Ligações com ABOOH. Pra quem leu ou não leu essa estória, não se preocupe, isso não vai influenciar em nada sua leitura nessa ;3. Trata-se da história contada anos antes, quando um dos planos da destruição...