17.: Expresso do Inferno

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¥[Narrado por Bryan]¥

FLASHBACK:


Acordei primeiro que o Flávio. Fiz todo meu processo matinal e fui para a sala. Eu não conseguia parar de pensar naqueles três caras de ontem... o cara com orelhas pontudas que vomitava aquela gosma verde... o cara com olhos, orelhas, dentes e garras de felino... e o outro que mais parecia um tanque de guerra... como aquilo é possível?!

Eles disseram que são experiências, e nos chamou de experiências. O que queriam dizer com aquilo? Será que fugimos de um laboratório? Não, não me lembro de nada desse tipo. Ele me chamou de experiência N-1. O que N quer dizer? Número? Que parada estranha!

Me veio na cabeça aquela sensação diferente que me veio quando Denack ia atacar o Flávio. Era como se eu pudesse controlar tudo e era uma sensação de poder enorme! Eu consegui derrubar um cara com quase o dobro do meu tamanho sem muito esforço. Isso é mais estranho ainda!

Oliver: — Pensando no que aconteceu ontem?

Eu: — Sim. Olly, um deles, o grandão, me chamou de “experiência N-1”. – fiz aspas com os dedos.

Oliver: — Você também? Ele me chamou de experiência N-2, ST-1, ilha Cana... Cana alguma coisa que não me lembro.

Eu: — Ilha Canamediam.

Oliver: — Isso mesmo. De onde aquelas aberrações saíram?! Tu viu como eles eram? Gosma, garras, dentes e um brutamontes.

Eu: — Como num filme de ficção científica. – ele riu.

Oliver: — Pois é, e... AH!!! – levei um susto com o grito que ele deu. Olhei pra ele bem sério. — Lembrei que iria te contar um babado!

Eu: — Então conta, porra! Não grita!

Oliver: — É sobre o Zé. Você sabia que...

Eu: — Que ele não resiste outras frutas? Sim, eu soube ontem quando EU TIVE UMA VISÃO e vi você chegando na pensão todo desesperado. – dei uma ênfase bem grande.

Oliver: — Visão? Tu é vidente e eu não sabia, filho da puta?

Eu: — Não sei o que houve, só me lembro que iria entrar no teu quarto e de repente estava aqui outra vez.

Oliver: — Tipo quando aquele médico, Rique, tocou minha cabeça. Eu me teletransportei pra outro lugar estranho e muito bonito. Pareceu tão real.

Eu: — Sim, tinha me esquecido disso. Quando Alejandro tocou meu rosto eu fui para a praia em tempo real e vi o Flávio vindo pra cá, e de repente BUM... ele chega aqui do mesmo modo que eu o vi.

Oliver: — Será que temos dons especiais que nem aqueles mutantes loucos?

Eu: — Não. Isso não é possível... mas... vamos voltar ao assunto da fofoca do Zé.

Oliver: — Conta o que você viu.

Eu: — Enquanto você estava desesperado na recepção de pijama, Zé ficou olhando pro seu popozão. – ele riu.

Oliver: — Isso é o maior babado do mundo! Zé curte e não disse pra nós?! Porra, dois anos trabalhando aqui e nem pra me dar uns pegas!

Eu: — Larga a mão de ser tarado, seu louco! Ele é dezesseis anos mais velho que você!

Oliver: — E daí? Adoro maduros. Principalmente esses gostoso com cara de safados, que nem o Zé. Tem cara de ter rolão. – eu ri.

Eu: — O Zé pode ser gostoso, mas não é pro teu bico. Nem pense em cutucá-lo!

CANAMEDIAM: A Casa Dos 25 Machos Onde histórias criam vida. Descubra agora