Capítulo Dezenove

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JUDE HOLIE

–– Nossa, o meu peixe ficaria com vergonha do pequeno aquário que ele vive, se visse isso daqui. –– falei chocada com a grandeza do local.

Sem brincadeiras, caberia facilmente dois campos de futebol aqui dentro, contendo vários tipos de vida marinha que qualquer pessoa possa imaginar.

–– E agora no campus eles deixam você ter animal de estimação?

Fiz um bico com os lábios.

–– Estou falando do peixe que deixei na minha casa, lá no Brasil.

–– Você gosta de animais, Jude?

Olhei para Derick divertida, passando a mão pelo seu ombro.

–– Claro que gosto, eu não transo com você atoa, sr. Benson.

Derick pareceu surpreso, retendo seus movimentos lentamente, antes de voltar a andar.

–– Eu vou considerar isso como um elogio, srta Holie.

–– Eu não esperaria nada menos de você, sr. Benson.–– Cutuquei seu ombro com o meu, divertida.

Derick tirou as mãos do bolso, enlaçando a minha cintura, chegou meu corpo mais próximo do seu.

–– Eu também gosto muito da cadela no cio que você se transforma, quando eu estou em cima de você. –– Sussurrou em meu ouvido.

Foi a minha vez de parar o passo, chocada. Se fosse possível, minha face estava vermelha de… que? Vergonha? Não, essa passava longe quando o assunto era Derick. Eu apostava que era excitação, essa andava grudada em mim a todo momento agora.

–– Anotado, Derick, tudo para satisfazer o chefe. –– pisquei um olho, travessa, escutando com satisfação a sua gargalhada.

Derick me olhou maliciosamente, depois piscou, respirando fundo.

–– Agora é sério, você gosta?

–– De sexo? Ah, não, de animais? –– Derick anuiu divertido e eu me perguntei onde ele queria chegar com essa conversa. Não era para ser uma coisa casual? Então por que raios um ficava perguntando da vida do outro? principalmente ele. Claro que não foi conversado e esclarecido, no entanto Derick não era uma pessoa que buscava algum tipo de relacionamento e isso estava praticamente escrito em sua testa. –– Sim, eu gosto. –– respondi, mesmo diante de todos os meus conflitos, era como se eu simplesmente, não me importasse. . –– Eu queria até ter um no campus, mas todos fazem algum tipo de barulho, e logo descobririam. Tem vez que fico muito sozinha, bem como os feriados prolongados, quando Raquel vai para a casa dos pais e eu fico naquele mausoléu. Serio, não fica um ser vivo dentro daquele campus.

–– Mas, então, por que você não vai para casa?

Olhei para Derick, segurando sua mão em minha cintura. Eu gostei da sensação de andar amparada por ele. Derick parecia tão relaxado, seguro de si. Deus, ele era lindo com toda sua postura altiva e dominante, não tinha um pescoço feminino que não se curvasse para apreciar a vista. E que vista!

–– Cai na real, Deri. Você já viu quanto é uma passagem para o Brasil? Se eu for, não volto nunca mais.

–– Entendo. E isso seria terrível. –– O olhei com o queixo enrugado, surpresa por sua resposta, mas não disse nada.

Ficamos em silêncio enquanto andávamos, as meninas corriam na nossa frente divertidas e encantadas com os peixes que víamos. Meu peito estava esmagado com a felicidade que eu via estampada no rosto de Cassidy, eu queria tanto proporcionar a ela esse estilo de vida. Sorri ao ver o seu rosto corado, com alguns poucos fios de cabelo grudados no rosto molhado de suor.

Uma Amorosa VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora