DERICK BENSONComo a minha cabeça doía. Em toda a minha vida, eu não me lembro de ficar remoendo as coisas desse jeito. Ao longo do fim de semana eu só conseguia pensar no quanto Stephan, meu irmão, era um maldito desgraçado. Eu achei que teria lhe dado um belo aviso, mas não foi o que aconteceu, o Panaca acha que está no pario, e eu preciso mostrá-lo que isso já foi. Jude é minha, pela maneira errada, ou não, a sua boceta é algo que eu quero aproveitar durante muito tempo.
Recusei chamadas intermináveis do meu pai, fugindo pelos fundos quando o vi passar pela porta da frente.
–– Drake, querido! Lembrou que tem uma mãe, ou isso é apenas uma alucinação? Devo chamar um médico? –– ela disse, dramática como as mães sabem ser, as avós melhores ainda, assim que o viu entrando pela porta. Eu estava na cozinha, o que me deu uma grande e excelente margem de fuga, não sem antes ouvir o que ele queria, claro.
–– Nao estou com tempo, mamãe! –– sua voz era ríspida do mesmo jeito que eu ouvi durante toda a minha vida, a raiva que eu senti não foi diferente da que eu me lembrava, também. –– Vim falar com Derick, onde esse filho da mãe está? –– Então eu soube o porquê da procura; Alexis, com certeza, já tinha dado com a língua nos dentes.
Não deu tempo de Charlotte responder, pois Casey chegou na sala com sua voz doce, e ao mesmo tempo, quase estourando os tímpanos de todos.
–– Oi, vovô!
Saí dali o mais rápido que pude. Não sabia bem para onde estava indo, mas eu parei bem em frente ao ginásio depois de um tempo, observando as crianças, focado em somente uma: Cassidy. Ela era tão doce, angelical, e… nossa, ela ainda era um bebê e já sofria em um lugar desses.
Eu sabia por que estava lá, no caminho eu olhei meu telefone diversas vezes, querendo achar uma ligação ou mensagem de Jude, ou ligar para ela. Não achei nada dela, e também não liguei. Ver Cassidy, mesmo que de longe, já matava um pouco a fome que eu tinha de falar, ver ou fazer qualquer coisa com Jude.
Cassidy me transmitia paz, serenidade, alegria, assim como Jude. E era aí que morava o problema, por que enquanto eu a mantinha longe, era bem mais fácil aguentar o leão que ataca toda vez que a vê, agora não é um desses casos, porém. Ele estava solto, e prestes a atacar. Jude parecia ser uma presa fácil, e sua resposta me agradou. Eu podia sentir as minhas pupilas dilatando, assim como o volume das minhas calças. Seu beijo era bom, me fazia apagar por dentro toda a angústia. Mesmo assim, eu pude ouvir a voz autoritária do meu pai lá fora, gritando com Emma.
Assustada, Jude se separou de mim, e eu o odiei um pouquinho mais por causa daquilo.
–– Deus, o que é isso? –– perguntou confusa.
Apertei meu maxilar, fechando meus olhos, seria uma questão de tempo até Drake estar em minha sala, tirando tudo do lugar, só para me ver colocando tudo em seu devido lugar. Ele era assim é nunca entendeu o porque de gastar fortunas em psicólogo, sendo que minha neura não tinha “passado”. Era como se meu transtorno fosse algo passageiro de adolescente rebelde. E até certo ponto era, eu agora controlava muito bem, mas ele e minha mãe não pareciam se dar conta disso, sempre me testando.
–– Drake, meu pai. –– respondi sua pergunta, arrastando-a para trás, de encontro a porta que vivia fechada.
Me arrependi de responder no momento que Jude abriu a boca.
–– E por que você pretende me trancar no banheiro, mesmo?
Eu queria morder a ruga que se transformou quando suas sobrancelhas se juntaram, mas eu não tinha tempo. Abri a porta, nos jogando lá dentro, sem a nenhuma paciência.
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Uma Amorosa Vingança
RomancePetulante! Eu não posso contar quantas vezes eu já ouvi isso em minha vida. Minha avó é a primeira a dizer, mas ela não conta, principalmente quando ela abre aquele imenso sorriso em minha direção. Não vejo isso como defeito, eu não abaixo a cabeça...