Capítulo 25

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DERICK BENSON

Eu estava sendo um completo irracional, mas não conseguia me controlar; Jude sempre apertava um botão dentro de mim que me tornava um completo imbecil. Propriamente dito, ela não beijou Lucke (sim eu o conhecia, não foi somente com Jude que eu vim ver Cassidy, e não é a primeira vez que ela vem inalar bombinha no cara), foi apenas um gesto amigável, da sua parte, pelo menos, por que eu conhecia o olhar no rosto de Lucke, era o mesmo que pregava em mim toda vez que essa maldita me olhava.

–– O que veio fazer aqui? –– Indagou, cruzando seus braços.

Quase revirei meus olhos, eu nunca contei a ela que visitava Cassidy, mas de qualquer jeito, ela estava ali, vim ver ela. Decidi que não era o melhor momento para contar sobre Cassidy, ela estava nervosa, e aparentemente, eu teria que explicar o que eu nem sei que fiz.

Esse negócio de me desculpar pelo que eu nem sei, não estava sendo muito bom.

–– Passei no dormitório, Raquel estava saindo e me disse que estaria aqui. Por que não me disse que passaria o dia de "Ação de Graças" sozinha?

Claro que eu não a deixaria sozinha, mas o fato dela não ter me contado estava sendo quase como uma pedra no sapato, cutucando meu dedinho incessantemente.

–– Não tenho o costume de comemorar Ação de Graças, e todos esses anos eu fui voluntária aqui, no jantar que eles fazem. Você não me respondeu o que veio fazer aqui.

–– Vim ver ver você, Jude, você e Cassidy.

–– Por que?

–– Por que estamos juntos, eu estava viajando e estava com saudades.

–– Sério? Não foi o que pareceu.

Olhei para os lados, suspirando. Essa conversa seria um pouco pior que eu eu imaginei. Olhei meu relógio, faltava pouco mais de três horas para o nosso vôo, e uma briga agora nos atrasaria tanto, que não chegaríamos a tempo do jantar.

Peguei em seus braços, tentando leva-la dali, a fim de se ter uma conversa decente. Mas, Jude não foi condescendente com minha atitude, eu poderia dizer que ela fez como uma criança birrenta, batendo os pés, e forçando seus braços para baixo.

–– O que você está fazendo? –– Praticamente sussurrei.

–– Não é visível? Você está me arrastando, não sei para onde, mas o que importa é que eu não quero ir para lugar algum com você.

Eu já estava ficando sem paciência.

–– Jude, vamos para o seu dormitório, nós precisamos conversar, se você decidir voltar, eu mesmo a trago de volta.

–– Nós não precisamos conversar, Derick! Eu não preciso saber os detalhes pelos quais fez você ser a merda de um corno, e transar com sua ex, novamente.

Parei meus passos. Até o momento eu não tinha me perguntado o porque ela me acusava de ter tido algo com Belinda, mas essa sua frase mais do que me intrigou, ela me machucou, profundamente.

–– Você transou com outra pessoa, Jude? –– Perguntei, aparentemente muito mais nervoso e ríspido do que eu imaginva.

–– Espera, você viaja, não me avisa nada, reconcilia com sua ex, e agora vem me perguntar se transei com alguém? –– Riu, de um jeito cínico, completamente rancorosa. –– O que isso tem a ver com você, agora, Derick? Se eu dei, não é da sua conta.

Sem pensar onde estávamos, eu a beijei forte e duro, minha boca foi para cima da sua, esmagando-a. Eu senti um pequeno gosto de ferrugem, e então percebi que a maldita tinha me mordido, mas eu não parei o beijo, não até que ela abrisse a boca, e quando fez, se rendendo, tirando as mãos do meu peito, que me empurravam, eu peguei seu pescoço, morrendo de saudades, e com a outra mão enlacei sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim. Jude contornou meu pescoço, puxando meus cabelos no final. Só quando estava ficando muito bom eu a soltei de imediato, não poderia ser engolfado em sua sedução e deixa-la pensar o que quiser de mim.

Uma Amorosa VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora