Capítulo Nove

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Olá, meninas!!!

Sei que devo estar parecendo uma vaca para muitos... Não tiro a razão de vcs. Eu mesma estou desapontada comigo mesma, e até Benson - tadinho do meu menino - se sentiu isolado.
Não vou enrolar, o fato é que aconteceram tantas coisas na minha vida, mudança de vários âmbitos, junto com o final do semestre, que eu fiquei completamente perdida. Eu não conseguia ouvir meus personagens para coloca-los no papel. Sinto muito, sinto muitíssimo mesmo. Vale dizer que eu nunca pensei em desistir, até me forçar a escrever eu fiz, o que não adiantou nada, claro! Eu escrevia cinco páginas e apagava mais rápido do que digitava. Foi um desastre! A cabeça doía, corpo não correspondia. Nunca pensei que passaria por um bloqueio tão grande na minha vida. Sequer achei que existisse! Escrevi três livros completos e nunca, NUNCA MESMO, deixei meus leitores na mão. Quem me acompanha desde QBVC está aí e pode provar. Enfim, eu quero mesmo que vocês me desculpem e eu prometo tentar e me esforçar para isso não acontecer novamente.
Consegui concluir esse capítulo, o primeiro de muitas tentativas que me desagradou, e já estou trabalhando no segundo. Vou tentar não demorar para postar, para pelo menos compensar os vinte dias que fiquei em falta.
Espero que me perdoem e não me abandonem, vocês não sabem o poder que um elogio ou simplesmente uma crítica construtiva, tem.

Beijocas!! E vamos de Jude.

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–– Está aí a menina do rebolado.

Ouvi a voz e logo sorri. Virei meu rosto na direção, vendo Luke deslizando com sua cadeira por todo o salão. Abaixei–me para desligar o som que ainda tocava um pouco de blues, enquanto eu fazia meu alongamento e caminhei até o fim do palco, onde Luke parou, de frente para mim.

–– E aí Hulck? – Ergui meu braço, apertando seu nariz como um alicate.

Era um cumprimento que gostávamos de fazer, já que Luke a pouco mais de um ano perdeu a mobilidade com os braços.

–– Pensei que daria uma passada aqui no fim de semana.

Fiz uma careta, quase sorrindo. Lembrar do final de semana era uma péssima ideia. Eu ainda estava tentando entender e absorver tudo que tinha acontecido em pouco menos de uma semana. Parecia que tudo estava fora de eixo, ou rodando muito bem. Eu só não sabia ao certo o que realmente era.

–– Tem esse novo serviço. Tive que fazer um projeto no fim de semana.

–– O que? Serio? – Ergueu as sobrancelhas, surpreso. Comprimi os lábios para não dizer nenhuma bobagem e balancei minha cabeça, confirmando. – Isso é bom, sinal de que confiam em você.

Ah, sim! Claro que confiam.

–– Estou levando por esse lado. E você, o que tem de novo? Cheguei não estava aqui.

A expressão de Luke se fechou como em um dia ensolarado de verão antes de cair uma imensa tempestade. Por osmose a minha também escureceu, prevendo o que ele falaria.

–– Aqui, pega! Trouxe para a gente. – Meneou a cabeça para baixo, em direção ao saco de papelão que estava em seu colo. Dentro tinha dois hambúrgueres e batatas fritas. Ergui meus olhos para ele. – Desculpe a falta do refrigerante, eu fiquei com medo de cair em minhas calças e eu morrer de hipotermia em meu pênis. – Disse sério.

Não pude evitar a gargalhada alta que saiu da minha garganta. Esse era Luke, mesmo em seus dias tenebrosos fazendo as outras pessoas sorrirem.

–– Cuidado com o seu material. – Respondi a brincadeira. – Pelo visto, isso aqui tem um preço.

Sua expressão era de quem estava ofendido.

–– Assim você me ofende. – Fingiu. – Eu só lhe pediria o favor de me ajudar com o meu sanduíche.

Uma Amorosa VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora