Capítulo Sete

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Rachel

- Você acha que é seguro? - Perguntou Ben.

Era a terceira vez que ele fazia essa pergunta e minha paciência estava acabando. Eu não faria nada que colocasse a vida das pessoas nessa sala em risco. Eu tinha certeza do que estava fazendo.

- Ben, só confie em mim. - Disse eu levantando com o papel em mãos.

Todos estavam conversando entre si. Andei até April, Carter e Henry que estavam reunidos em um canto da sala preparando a estratégia do meu plano. Eles teriam que fazer meu plano dar certo.

- E aí, conseguiram? - Perguntei assim que cheguei perto deles.

- Bem, seu plano pode dar certo se todos fizeram o que você mandar. - Explicou Carter.

- Qualquer erro pode causar a morte de alguém. - Continuou Henry.

- Você tem certeza disso, Rachel? - Perguntou April.

Parei para pensar um pouco. Três grupos andando por suas casas não seria nada perigoso. Nos salvamos uma vez, não seria problema sair andando pelas ruas.

- Tenho. - Respondi com firmeza.

Me dirigi ao centro da sala, chamando a atenção de todos, e dividi os três grupos. Pensei muito em como dividir eles, pois tem pessoas que não têm a mesma capacidade que outras, então tomei cuidado com as minhas decisões.

Depois de dividir, expliquei a todas qual era o objetivo da nossa ida. Pegar roupas, comidas e tudo o que era necessário. Antes de seguir em frente precisamos ter certeza que nossos parentes estão bem ou viraram um dos dançantes. E apesar de não conseguir imaginar minha família como um deles, eu tinha que aceitar a realidade.

O primeiro grupo com o Ki como líder, saiu dez minutos depois da minha explicação. Eu ficava mais enjoada ao passar do tempo. Meu nervosismo apenas crescia.

- Você está bem? - Perguntou Andrew assim que chegou perto de mim.

- Estou apenas nervosa. - Respondi encostando minha cabeça em seu ombro.

- Vai ficar tudo bem, você vai ver. - Disse ele, confiante.

- Espero que sim.

Andrew deu um beijo em minha testa antes de sair com o seu equipe, já que tinha decidido deixá-lo em outro grupo, mesmo sabendo que ficaria muito preocupada.

Cinco minutos que a segunda equipe saiu, foi a vez do meu grupo sair do colégio. Não tínhamos algo para nos proteger, então iríamos usar apenas as pernas para correr. A única pessoa que ficou em meu grupo que eu realmente conhecia era Kate, minha melhor amiga. Ela não saiu do meu lado até que chegamos em sua casa. Fiquei do lado de fora com um garoto chamado Peter enquanto os outros entraram para procurar algo útil.

Observei as ruas percebendo o caos que as pessoas dançantes haviam causado. Havia garrafas de bebida espalhadas pela rua, roupas jogadas, papeis estranhos e outras coisas que nem quis saber o que eram. Isso estava começando a ficar sério, e meu medo crescia cada vez mais.

- Você não acha que precisamos de um carro? - Perguntou Peter.

- Sim, mas precisamos da chave para ligar. - Respondi.

Peter me olhou de um jeito estranho e andou até o carro mais próximo. Só quando ele se baixou pude perceber o que estava fazendo. Eu ouvi boatos que seus "talentos" ajudavam várias pessoas e nunca entendi, mas agora eu entendo completamente.

O carro ligou e eu sorri com o resultado. Agora poderíamos andar pelos lugares sem nos preocupar com algum ataque dos dançantes. Além de ser um método bem mais rápido de nos locomover.

- Pronto. - Disse Peter limpando as mãos. - Agora temos um carro.

- Isso é impressionante. - Disse eu fazendo-o dar um leve sorriso.

As outras pessoas saíram da casa admiradas por um carro pegar no meio desse caos. Mas Kate saiu chorando. Eu sabia muito bem o motivo: ninguém da sua família estava normal. A abracei andando em seguida para o carro. As cinco pessoas se ajustaram na parte de trás, antes do Peter começar a dirigir.

Percebi que todas as pessoas de trás estavam com as mochilas cheias de coisas. Imagino que sejam necessárias e úteis.

- Rachel, olhe! - Disse Margharita apontando para um local.

Assim que olhei para onde ela apontava, pedi para que Peter parasse o carro. Uma loja de armas seria bem útil para nós.

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