Rachel
- Não saiam do carro por nada. - Disse eu para o grupo antes de ir à loja de armas com o Peter.
Isso me assustava. Uma loja de armas sem ninguém. Não estava destruída, e até parecia que nem existia no meio das outras lojas que estavam com vidros quebrados.
Peter quis entrar primeiro então o deixei. Fiquei fora para que nada estranho acontecesse.
Foi então que escutei um grito vindo da loja. Entrei correndo e encontrei um garoto de cabelos claros segurando o Peter com uma faca em seu pescoço.
Parei de respirar.
Eu não fazia ideia do que fazer agora. Como é possível isso estar acontecendo? Falei bastante para os outros tomarem cuidado e quem acabou fazendo errado fui eu.
- Quem são vocês? - Perguntou o garoto. Ele parecia assustado.
- Meu nome é Rachel e o dele é Peter. - Respondi calmamente. - Somos um grupo de sobreviventes. Tem mais pessoas lá fora.
- Como vocês sobrevieram? Como eu sobrevivi a isso? - Perguntou mais para si mesmo.
- Bem, se você quiser continuar vivendo, pode se juntar a nós. - Propus.
- Você tá falando sério? - Exclamou Peter. - O cara está com uma faca em meu pescoço e você está pedindo para ele se juntar a nós?
- Exatamente o que ela está fazendo, trouxa. - Disse o garoto abaixando a faca. - Vou me juntar a vocês, sim. Estava ficando maluco aqui sozinho. Aliás, meu nome é Aaron.
- Ok, Aaron. Podemos pegar algumas armas e munições? - Perguntei enquanto Peter me olhava chocado.
- Peguem o que quiserem. - Respondeu e deu um sorriso de lado. - Me diz, tem pessoas gatas como você no grupo?
Enquanto Peter respondia essa pergunta sem sentido, juntei todas as armas e munições possíveis.
Vamos precisar bastante disso para a nossa sobrevivência.
Peter e Aaron não paravam de conversar enquanto guardavam armas em suas mochilas.
Estava tudo tranquilo até que ouvi gritos vindo do lado de fora. Corri a tempo de ver as pessoas dançantes grudadas no vidro do carro que balançava sem parar.Por um momento achei que o carro iria virar.
- Deixa comigo. - Disse Aaron.
Aaron pegou uma arma que estava na parte de trás de sua calça e atirou três vezes, acertando a cabeça dos dançantes no carro.
Os gritos do grupo cessaram imediatamente. Em choque, olhei para Aaron.
- Eu sei que sou útil... De vez em quando. - Disse antes de pegar a mochila e andar em direção ao carro - E aí, pessoal?
- Até que esse cara é legal. - Disse Peter seguindo ele.
Olhei para o mesmo sem entender. Nada estava fazendo sentindo para mim agora.
Peguei minha mochila e fui em direção ao carro, que estava encharcado de sangue. Logo esse sangue estaria em nossas mãos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Delayed's
General FictionEm um mundo pós apocalíptico onde os supostos "zumbies" são funkeiros malucos que não param de dançar, um grupo de adolescentes tenta sobreviver lidando com as "linguinhas frenéticas" e o "espírito da minhoca dançante". Porém, no meio de todo esse c...