Capítulo Nove

44 11 1
                                    

Rachel

- Não saiam do carro por nada. - Disse eu para o grupo antes de ir à loja de armas com o Peter.

Isso me assustava. Uma loja de armas sem ninguém. Não estava destruída, e até parecia que nem existia no meio das outras lojas que estavam com vidros quebrados.

Peter quis entrar primeiro então o deixei. Fiquei fora para que nada estranho acontecesse.

Foi então que escutei um grito vindo da loja. Entrei correndo e encontrei um garoto de cabelos claros segurando o Peter com uma faca em seu pescoço.

Parei de respirar.

Eu não fazia ideia do que fazer agora. Como é possível isso estar acontecendo? Falei bastante para os outros tomarem cuidado e quem acabou fazendo errado fui eu.

- Quem são vocês? - Perguntou o garoto. Ele parecia assustado.

- Meu nome é Rachel e o dele é Peter. - Respondi calmamente. - Somos um grupo de sobreviventes. Tem mais pessoas lá fora.

- Como vocês sobrevieram? Como eu sobrevivi a isso? - Perguntou mais para si mesmo.

- Bem, se você quiser continuar vivendo, pode se juntar a nós. - Propus.

- Você tá falando sério? - Exclamou Peter. - O cara está com uma faca em meu pescoço e você está pedindo para ele se juntar a nós?

- Exatamente o que ela está fazendo, trouxa. - Disse o garoto abaixando a faca. - Vou me juntar a vocês, sim. Estava ficando maluco aqui sozinho. Aliás, meu nome é Aaron.

- Ok, Aaron. Podemos pegar algumas armas e munições? - Perguntei enquanto Peter me olhava chocado.

- Peguem o que quiserem. - Respondeu e deu um sorriso de lado. - Me diz, tem pessoas gatas como você no grupo?

Enquanto Peter respondia essa pergunta sem sentido, juntei todas as armas e munições possíveis.

Vamos precisar bastante disso para a nossa sobrevivência.

Peter e Aaron não paravam de conversar enquanto guardavam armas em suas mochilas.
Estava tudo tranquilo até que ouvi gritos vindo do lado de fora. Corri a tempo de ver as pessoas dançantes grudadas no vidro do carro que balançava sem parar.

Por um momento achei que o carro iria virar.

- Deixa comigo. - Disse Aaron.

Aaron pegou uma arma que estava na parte de trás de sua calça e atirou três vezes, acertando a cabeça dos dançantes no carro.

Os gritos do grupo cessaram imediatamente. Em choque, olhei para Aaron.

- Eu sei que sou útil... De vez em quando. - Disse antes de pegar a mochila e andar em direção ao carro - E aí, pessoal?

- Até que esse cara é legal. - Disse Peter seguindo ele.

Olhei para o mesmo sem entender. Nada estava fazendo sentindo para mim agora.

Peguei minha mochila e fui em direção ao carro, que estava encharcado de sangue. Logo esse sangue estaria em nossas mãos.

Delayed's Onde histórias criam vida. Descubra agora