Rosy Cheeks | zayn malik

quadragésimo quinto

ROSY CHEEKS

QUADRAGÉSIMO QUINTO

POV ZAYN

Os meus olhos se abrem imediatamente ao som de passos a se aproximarem da cela em que fui colocado. É incrivelmente estranho o fato de eu ter escutado algo além do barulho incessante e aterrorizante das vozes em minha mente, causando ataques agonizantes de ansiedade durante os três dias em que estive dentro desta caverna imunda. O meu corpo está encolhido sobre o chão gelado de concreto, meus olhos anteriormente apertados com toda a força que ainda me restava. A comida deste lugar é horrível. Temos de imaginar que estamos a comer algo comestível enquanto colocamos aquela gororoba para dentro. Não há um segundo em que eu não esteja desejando poder comer carnes apetitosas dos mais variáveis tipos, assim como o fazia quando ainda tinha a minha liberdade.

Obrigo o meu corpo a se levantar quando o portão da cela é aberto e três enfermeiros aparecem no meu campo de visão com seus usuais trajes brancos. Eles ajudam-me a levantar, mesmo com os meus protestos e resmungos. Mal consigo manter-me em pé de forma correta sem apoiar-me em seus ombros, e eu não seria capaz de me suportar se fosse um deles, então reviro os meus olhos e mantenho a minha boca fechada enquanto atravessamos o longo corredor até a sala de recreação. É como se fosse uma escola para adultos, mas a vontade de cometer suicídio é cem vezes maior do que no colegial.

O meu corpo é sentado sobre uma cadeira de plástico e semicerro os meus olhos para os três homens antes de perdê-los de vista. Quando torno a virar o meu rosto para frente, assusto-me e quase caio da cadeira ao ver um homem consideravelmente velho, mas que está a usar roupas finas e caras, com um estilo de cabelo tão antiquado quanto o do super-man em seus dias de glória, e um sorriso cínico em seus lábios, juntamente com um brilho estranho em seus pálidos olhos azuis.

"Olá Zayn. Vejo que tem se adaptado muito bem ao estilo de vida humilde deste hospício." Cerro o meu maxilar ao ouvi-lo a dizer de modo educado que estou parecendo um mendigo.

"Quem é você?" Pergunto arrogantemente, levantando o meu queixo o mais alto que consigo.

"O meu nome, é Logan. Eu fui contratado para ser o seu mais novo psiquiatra." Arqueio uma de minhas sobrancelhas.

"Eu não preciso de nenhum psiquiatra." Rosno.

"Bem, isto é engraçado, pois da última vez que fui informado, você está sendo acusado de crimes terríveis, e a culpa de todos eles não está a recair sobre os seus ombros, mas sim sobre a sua doença mental. Se o senhor não precisa de um psiquiatra, suponho que esteja completamente são para arcar com as consequências de seus atos, não?" Maldito filho de uma puta. Para que eu fui abrir a minha maldita boca? Eu não o respondo de imediato, tentando controlar a raiva iminente que cresce cada vez mais dentro de mim. Quando me sinto mais aliviado, solto um suspiro que torna o seu rosto em uma careta intrigada.

"Eu não teria sido enviado para este lugar se não fosse... Louco. A prova de que estou falando a verdade está em todos os exames que o meu advogado mostrou ao Juiz no dia do meu julgamento. Se você está disposto a ajudar-me com esta doença, vamos logo com isto. Não estou disposto a morrer dentro desta caverna fedorenta." Contorço o meu nariz quando começamos a escutar gritos histéricos vindos de uma mulher com uma boneca horrorosa em seus braços. Alguns enfermeiros correm para segurá-la antes que ela pudesse machucar outras pessoas enquanto se debate contra o aperto de suas mãos.

"Então vejo que o senhor tem medo de morrer." Ele afirma enquanto faz algumas anotações em um caderno de capa amarronzada. Sua postura relaxa um pouco sobre a cadeira e ele coloca uma de suas pernas sobre a outra.