Rosy Cheeks | zayn malik

quadragésimo oitavo

ROSY CHEEKS

            QUADRAGÉSIMO OITAVO

POV ZAYN

Com um dos meus pés no acelerador e uma de minhas mãos no volante, tento concentrar-me em dirigir ao invés de pensar no tesão exorbitante que estou sentindo pela mulher ao meu lado neste momento. Parece que toda vez que ela mostra o seu lado mais selvagem e sombrio, encontro-me a lutar para tentar controlar o monstro faminto no meio das minhas pernas.

Horas antes de agir como o que eu mais temia em mim, a raiva que eu estava a sentir da mesma fez com que eu me tornasse cego diante da explosiva paixão e desejo que eu sentia por essa mulher. Até mesmo o som de seu nome poderia acordar os meus demônios mais profundos, dos quais eu não seria capaz de controlar, e por este motivo proibi todos à minha volta de sequer mencioná-la. Eu estava em constante conflito comigo mesmo e precisava encaixar todas as peças do quebra cabeças que era minha vida antes de perder-me completamente em seu corpo cheiroso, em seus lábios macios e em seus cabelos sedosos. Nada nunca havia me deixado tão intoxicado e dependente como Jane Eisenhauer, e eu precisava desesperadamente da sua presença para me impedir de cometer uma loucura irreversível, um pecado do qual eu jamais poderia escapar.

Suas coxas estavam descobertas no banco, e mordi os meus lábios, imaginando como seria lambê-las, mordê-las e chupar a pele sensível e cheirosa próxima a sua virilha, sentindo-a estremecer sob o meu toque, observando seus pelos se arrepiarem com o som da minha respiração, e suas costas arquearem com a sensação indescritível de prazer que eu queria dar á ela. Eu queria, não, eu precisava me perder dentro do seu corpo, para me encontrar no azul profundo de seus olhos, suplicando-me para que isto nunca acabasse, para que nós nunca acabássemos, para que continuássemos a entrelaçar nossas mentes em volta da loucura, até o ponto em que a mesma acabasse por nos matar antes que pudéssemos nos sacrificar por ela.

Quer dizer, puta merda, eu acabei de matar uma das pessoas que foram praticamente meus mentores por estar muito assustado com o fato de vê-la a morrer à minha frente. Eu não estava nem um pouco preparado para perdê-la, não agora, não quando tínhamos um futuro brilhante pela frente. Não quando ela acabara de sucumbir à escuridão que eu tanto implorei para que a dominasse.

Porque, quando a vi espelhar os meus atos insanos e olhar-me sem expressão alguma em seus olhos além de vazio e escuridão, eu soube que havíamos nascido um para o outro, e nem o céu ou o inferno poderiam ajudá-la agora. Ela havia-se transformado em um demônio igual, ou pior do que eu.

"Está tão quieto." Ela murmura, e ajeito-me no assento, tentando encontrar uma posição confortável para acomodar o incômodo duro como pedra entre as minhas pernas.

"Estou tentando me concentrar." Digo, não desviando o meu olhar da estrada.

"Em quê?" O cheiro do seu perfume fica mais forte ao senti-la mais próxima do meu corpo. Não respondo-a, o que a incentiva a usar mais do que palavras para captar a minha atenção. Uma de suas mãos se encaixa abruptamente sobre o meu pênis por cima da roupa e assusto-me, fazendo com que a buzina fosse apertada e o som reverbere como uma sirene extremamente alta. O som de sua risada abafa a minha respiração entrecortada.

"Está tentando nos matar?" Um som meio estrangulado escapa da minha garganta.

"Oh querido, não haja como se você já não houvesse feito isso." Ouch. Saboreio o veneno de suas palavras peçonhentas.

Permanecemos em silencio depois disto. Abro a boca várias vezes, mas não sei realmente o que dizer. Queria poder expressar o que senti em relação a ela horas atrás, quando estava despejando sua escuridão para o mundo sem um resquício de arrependimento, mas concentrei-me em outra coisa, uma coisa brilhante ao redor do seu dedo anelar.