Rosy Cheeks | zayn malik

vigésimo quarto

ROSY CHEEKS

VIGÉSIMO QUARTO - POV ZAYN

O carro de coloração escura, embora vibrante, deixou-me em frente à construção pouco iluminada, tendo como sua característica a cor branca em predominância, com alguns detalhes em dourado para preencher as janelas e os pequenos detalhes entalhados no bruto concreto. A mansão em que vivia retratava-me de um modo estranho, um objeto inanimado que apresentava em sua forma algumas das minhas características, que anteriormente havia insistido em construir, para que eu nunca estivesse completamente fora do que chamamos de 'mundo real' quando morresse. Deste modo sempre haveria a lembrança do que eu algum dia representei neste plano.

            Caminho lentamente, sentindo os degraus sob os meus pés, sem preocupar-me em desviar o meu olhar centralizado para os seguranças vigiando o local. Um meio sorriso estava maquiavelicamente se indicando em meus lábios, satisfeito com o trabalho que havia feito, que provavelmente me deixaria aliviado, por hora. Os meus olhos analisaram o piso térreo, procurando por algum vestígio de que os meus comandos não foram atendidos, mas tornei-me surpreso ao ver que tudo estava realmente limpo e agradável aos meus olhos, o que era algo extremamente difícil de ocorrer. Andei até o lance de escadas, correndo o meu dedo indicador pelo corrimão, mas não havia poeira alguma em minha pele ao término da pequena viajem até o andar de cima, mas fui um pouco mais conservador desta vez, vendo que algumas garotas ainda realizavam o seu trabalho sobre o chão. Passei por entre as mesmas sem maiores cumprimentos do que um aceno, o que para mim já era muito. Eu estava de bom humor por algumas horas, mas ao chegar em meu escritório, deparando-me com a figura de uma garota, com seu olhar curiosamente posto sobre as obras de arte que eu prezava em meu espaço pessoal, senti toda a minha alegria obscurecer-se em ódio.

            "Eu lhe darei três segundos para se retirar deste lugar." Murmuro roucamente, depositando todo o meu desprezo por este alguém em cada palavra. O que eu não esperava, era que ao virar-se para encarar-me, estaria encoberto por uma expressão assustada e ansiosa a face da mulher que esteve retirando o meu sono por diversas noites, com suas feições inocentes a esconder o seu lado feroz, violento, ardente e cruel.

            "E-eu só estava..." Arqueio uma de minhas sobrancelhas e vejo-a a engolir em seco. "Limpando." Sorrio para a sua resposta medíocre e abaixo a cabeça, procurando retirar forças de todo o meu interior para não cometer uma loucura, pois ainda prezo-a muito dentre todas as garotas presentes nesta etapa do conjunto de desafios que supostamente as levarão de volta para suas famílias e suas monótonas realidades, afinal, Jane era uma de minhas melhores candidatas, e por mais que seja inexperiente, deixava-me louco de tesão.

Me virei lentamente para fechar a porta com cuidado, procurando não fazer barulho para que não chamássemos a atenção de outras garotas que ainda realizavam o seu trabalho no corredor ao lado do escritório, e em seguida a tranquei. Movimentei-me para a parede mais próxima, e ergui uma de minhas mãos para o interruptor, sentindo o seu olhar trêmulo sobre a minha figura sombria. O escritório estava razoavelmente escuro, sendo que as cortinas grossas escondiam qualquer tipo de luz que tentava se infiltrar por entre as frestas das janelas, e ao ter a porta fechada, a única iluminação do cômodo era proveniente da lâmpada fluorescente no teto.

            "Você não é capaz de me enganar com estas bochechas rosadas." Ergui o meu olhar para o seu rosto, não sem antes reparar em seu corpo tremente que em breve estaria da mesma forma, após um a lenta construção de um devastador orgasmo. O seu lábio inferior estava preso entre seus dentes em um ato de nervosismo, mas que pareceu extremamente sexy aos meus olhos, e presumindo que a mesma estivesse testando a minha paciência de uma forma muito perigosa, assumi o risco de nenhum de nós sairmos sãos deste lugar depois de algumas horas. O meu dedo moveu-se para empurrar o interruptor para baixo, e a sua expressão aterrorizada foi última coisa que os meus olhos foram capazes de ver.