Capítulo 01 - Piloto (Confusão a vista)

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©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.

***

– Você ainda não me convenceu. Nem um pouco na verdade – Dean Winchester bateu a porta do Impala com força o suficiente para arrepender-se em seguida. Culpa de Sam, que o fazia perder a cabeça. Acabou sussurrando para o carro – Desculpe, princesa.

O irmão mais novo rolou os olhos com enfado antes de dar a volta e abrir um mapa no capô do veículo.

– Aqui – apontou um trecho especifico – As coordenadas aparecem pelo menos duas vezes no diário do papai.

– Essa parte eu entendi! – Dean agitou a mão como se espantasse moscas imaginarias.

– Mas então...

– Eu me refiro a... espera... qual das opções: você ouvir um conselho daquela tal de Ruby ou nós mudarmos a rota e voltarmos para o Tennessee, quando estávamos quase chegando em Nevada!

Nesse ponto Sam olhou de lado para o irmão.

– Nós não vamos para Vegas...

– Com certeza não. Estamos no Tennessee! E caçando um maldito Leprechaun!!

– Não é um Leprechaun, Dean. Eu já disse que é um Cluricaun.

– Claro... – Dean suspirou de forma exagerada antes de virar-se de costas e meio que sentar-se no capô do Impala, pondo-se a observar o casarão abandonado que fora marcado no mapa – Grande diferença.

– Na verdade tem sim, uma grande diferença. Quando você captura um Leprechaun pode ganhar um pote de ouro – nesse ponto Dean pareceu mais interessado do que deveria – E se capturar um Cluricaun pode realizar um desejo. Qualquer desejo.

– Não sei Sammy. Essa Ruby te disse que há um Cluricaun aqui e que tem um demônio vindo para pegá-lo? Qual é, Sam?! Os poderes de uma criatura dessas devem ser muito limitados. O que eles poderiam fazer que interessaria um demônio?

O mais novo desviou os olhos do mapa e encarou o céu que começava a escurecer.

– Não há nada na mitologia irlandesa que limite os poderes de um Cluricaun. Que eu saiba eles podem realizar pedidos burlando certas regras do sobrenatural.

– Tipo...?

– Eu não sei exatamente. Mas não acho que devemos deixar assim.

A afirmação saiu firme e irrevogável. Sam não ia desistir daquele trabalho, mesmo por que não contara toda a verdade para Dean. Ruby prometera ajudar contra o Demônio da Encruzilhada e salvar a alma do Winchester mais velho de ir para as profundezas do Inferno.

Aquele pequeno personagem do folclore irlandês podia ser a salvação que tanto buscava. Mas para isso tinha que capturá-lo antes do demônio e sem que Dean descobrisse e tentasse impedir.

– Vamos usar mulso então? – o loiro perguntou se rendendo.

– Isso! – Sam sorriu – A única forma de pegar um Cluricaun é quando ele está bêbado.

– Imagino que não tenha nada muito bom de se beber por aqui – Dean apontou o casarão abandonado – Ele deve estar em abstinência.

– Contamos com isso – o mais alto pegou o mapa e começou a enrolar, enquanto Dean desencostava-se do Impala e tratava de pegar armas e os apetrechos de defesa pro caso de algum demônio aparecer para atrapalhar a caçada da pequena criatura. Depois tiraria o carro de vista, para que ninguém desconfiasse da presença de ambos.

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