Twenty Two

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Moon

Não sabia quanto tempo já estava trancada nessa sala escura e úmida, meu corpo não reagia mais aos meus comandos já estava dormente, suor pingava de meu rosto que já estava com a  pele cortada em consequências do choque também, meus pulsos e tornozelos já estavam feridos por causa da força que fazia para tentar sair dessa porcaria de cadeira, meu corpo em vez de frio estava tão quente quanto ao sol e isso não era nem um pouco normal.

Mas mesmo sofrendo tanto desse jeito minha única preocupação é a Sun, queria muito saber como minha irmã estava, nosso elo não funcionava mais e para isso acontecer Sun deve estar muito longe de mim.

Ignorei a dor em meus pulsos e os puxei novamente, mesmo estando fraca ainda tinha alguma e pequena esperança de sair dali.

- Me deixa sair daqui! - gritei e mais uma vez ninguém respondeu - Inferno!

Queria saber quantos dias eu estava aqui, parece que o tempo adiantou, em vez de passar normalmente estava cada vez mais rápido, percebi isso através das sombras quadriculares no minúsculo vidro a baixo dos meus pés.
Enquando o tempo ia passando sombras dos andares das salas a baixo se formavam em uma velocidade surpreendente, alunos vagavam tranquilamente pelos corredores sem saber ao certo da pessoa ( no caso: Eu) sendo torturada em cima de suas cabeças.

Essa Cruella irá me pagar por tudo.
Irei fazer questão de cobrar cada coisa que ela fez comigo nessa sala.

- Apreciando a vista, filha da noite? - uma voz suave surgiu do teto, com certeza eu já estava delirando por causa da febre - Seria bom me responder - senti mais uma descarga elétrica em meu corpo

- Por favor, pare… - minha voz em um sussurro disse, já tinha perdido todas as minhas forças - Já não aguento mais 

- Como vocês Escolidas são fracas - um rasgo foi deixado em minha mandíbula, pareciam garras - Anda! Se regenera, filha das trevas

Não tinha como eu me defender, estava presa e fraca.

Isso só torna essa Cruella uma covarde.

- Covarde - minha voz quase que não saiu

- O que você disse? - uma força desconhecida jogou minha cabeça para trás

- Covarde - repito

- Como tem coragem? - fincou suas garras em meu pescoço

- Me larga - tento mover minha cabeça para sair de suas unhas, mas só ouço a pele se rasgando e seu aperto se intensificando

- Você é como a sonsa da sua mãe, mesmo morrendo continua com esse orgulho besta - disse entredentes, senti toda a sua raiva em cima de mim

De onde ela conhece minha mãe?

- Co-Como…? - tentei falar mais sangue escorreu da minha boca

- Como conheço sua mãe? - deu uma risada alta e escandalosa - Eu ajudei a massacrar aquilo que "seu povo" chamava de clã, querida

Não consegui esconder minha expressão de surpresa, ela percebeu e riu mais.

- Porque está fazendo isso comigo - consegui falar com um pouco mais de força - Não fiz nada a você - uma lágrima escorreu

- Não fez comigo, mas com minha filhinha e com todos os seres que foram prejudicados por causa de vocês

- Eu… - me calou com um aperto forte em minha costela, o ar que eu já não tinha se esvaiu

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