Capítulo trinta e seis.

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Alicia narrando:

O medo já tomava conta de mim, e acho que isso era perceptível, porque as meninas não paravam de perguntar como eu tava me sentindo, mas eu tava mais preocupada com a Carol, a gravidez dela já tava mais avançada, e ela tava claramente desesperada, todas estávamos, menos a Bruna, acho que ela já passou tanto por isso, que nem liga.

-Amiga, ele é bom, muito, ele é o melhor atirador dessa cidade, fica calma- a bru falou pra mim e eu assenti, mas tava ansiosa demais, os barulhos de tiros foram ficando fracos, até que finalmente parou- Fiquei aqui, eu vou ver se não tem ninguém por aqui, pra você poderem sair, ta certo ?- a bru falou destravando a arma 

-Ta amiga, cuidado, por favor- ela sorriu e saiu, voltou dez minutos depois, dizendo que podíamos sair. 

Eu sai, de braços entrelaçados com a Carol, e fomos pra sala, sentamos, a bru trouxe água, mas nem isso descia de tão nervosa que eu tava, ouvimos a porta abrir, e quando eu vi o Carlos eu esqueci de tudo, TUDO, e corri pra ele. 

-Você ta bem ?- Abracei ele, como se ele fosse evaporar 

-Ei, eu to bem loirinha, fica calma, sou forte na queda fí- ele deu um beijo na minha cabeça, me soltei dele e corri pra o meu irmão 

-E você, eu fiquei tão preocupada Luiz- abracei ele

-Eu to bem, minha princesa- ele deu um beijo na minha cabeça, estavam todos bem, graças a Deus.

-Quem era ?-A bru perguntou

-Polegar, mas ele recuou quando viu que não conseguia, mas deu um tiro na perna de um menor, e disse que avisasse que o próximo era eu, e o tiro era na testa- o CR falou, e acho que todo mundo percebeu minha cara de espanto.- ih, loirinha, nem viaja, ele não tem coragem de fazer nada não pô, fique de boa- eu deixei todo mundo lá e subi, eu não ia criar meu bebê nesse meio, eu não quero acordar todos os dias pensando que o pai do meu filho pode morrer a qualquer momento e sempre esperando o pior. 

Entrei no banho pra esfriar a cabeça, passei um bom tempo lá dentro, quando voltei pra o quarto o CR já tava tomando banho e deitado na cama mexendo no celular, eu troquei de roupa na frente dele mesmo, passei hidratante e deitei do lado dele, em silêncio.

-Ei, fala comigo pô- ele chegou perto de mim, eu sentei na cama, e fiquei de frente pra ele.

-Me desculpa, mas eu não vou criar meu filho ou filha nesse meio, sem saber o que pode ou não acontecer, se você vai voltar ou não, sem poder deixar os meus filhos saírem por medo de um psicopata pegar eles pra vingar você, sinto muito, eu amo você mais que qualquer coisa nesse mundo, mas ou você sai dessa vida, ou eu vou embora, esse bebê que ta aqui dentro- apontei pra minha barriga- não merece isso, e você sabe disso, eu não quero que meu bebê cresça sem pai ou mãe, ou até mesmo sem os dois.- ele me escutava atentamente 

-Eu não vou deixar o morro totalmente, e tu sabe disso, a gente vai sair do Brasil, vai ter os nossos moleque lá, e um dia a gente volta, mas eu não posso te prometer deixar cem por cento, só até um dia, quero criar meus filhos aqui Alicia, isso é o que eu sou. 

-Tudo bem, mas por enquanto, vamo embora daqui, quero pelo menos ter uma gravidez tranquila- ele sorriu 

-Tudo bem, minha loirinha- ele me deu um beijo e me puxou pra ele. 

CR narrando:

Eu entendi o medo dela, mas não me afastaria do meu morro, ele ficaria na mão do caça-rato, porque o LD e o HR, com certeza iam com a gente, mas primeiro, eu queria me casar aqui, no Brasil, queria fazer ela uma mulher realizada, eu não sei fazer essas coisas de fresco, mas as meninas devem saber, vou pedir ajuda delas pra fazer o pedido de casamento a altura dela, coisa de viado, eu sei, mas quero ver ela muito feliz, já vacilei muito com ela.




Meus amores, só terão mais três capítulos, e depois será a segunda temporada, deixem comentários aqui em baixo, isso me deixa muito feliz, muito obrigada por todo o carinho que eu recebo diariamente de vocês, amo vocês, vocês são fundamentais pra mim.

Dama da Noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora