Para sempre

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            Aos 8 meses entrou na minha vida um anjo, sem nem sequer saber o que tinha feito de tão maravilhoso ao mundo para merecer tamanha bênção.

  Depois de 13 anos de apenas pura felicidade, fui atingida por todo o sofrimento que ficara pendente nesse tempo, ou talvez mais.

             De repente, e sem aviso prévio, o meu anjo começou a desaparecer. Fiz tudo o que pude para o salvar. Tentei dar a minha vida em troca da sua, mas Deus não achou que fosse uma troca justa, e não era, e por isso não aceitou. Continuei a tentar desesperadamente que o meu anjo voltasse a abrir os seus encantadores olhos castanhos, mas todos os meus esforços foram ignorados.

  Chegou um momento, devo reconhecer, em que já não sabia se estava a tentar salvá-lo a ele ou a mim.

  Esforcei-me, juro que me esforcei o mais que pude para alcançar o impossível, mas chegou o momento em que tive de reconhecer que apenas me estava a iludir e, então, desisti.

  Tentei solucionar as coisas de uma maneira mais drástica e a verdade é que estava a funcionar. Se continuasse assim, em breve estaria com o meu anjo outra vez.

              Comecei a contar mentalmente os segundos que faltavam para o fim, o fim de tudo, o fim da minha vida.

  “Cinco, quatro, três, dois, um…”

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