capitulo 2 - Primeiro Encontro

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*nota: FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!*

*nota2: sou capaz de postar o 3º capitulo pq uma amiga me pediu c:*

Esta história começa quando eu, Inês, tinha apenas 8 meses. Tinha ido passar as férias de Verão a Los Angeles com a minha família e, segundo me foi contado, numa tarde enquanto passeávamos pela calma rua onde ficava o hotel, passámos pela casa de Alice Linton, uma jovem cantora muito famosa. Ela passeava um bebé de 2 anos, o irmão, Taylor Linton. Não sei o que nos chamou a atenção um no outro, mas a verdade é que nos olhámos como se nos conhecêssemos de vidas passadas, como se fossemos adultos, o que era estranho dada a nossa idade. Ele parou de andar e sorriu-me como se estivesse a ver o Sol pela primeira vez, como se eu fosse uma espécie de esperança.

              Começou a puxar o braço da irmã e apontou para mim. Ao descobrir o que o irmão queria, Alice veio até nós, e apercebendo-se de qual era a minha nacionalidade devido à conversa entre as minhas tias, falou-nos num natural e perfeito português.

            - Desculpe, - disse ela, deixando-me maravilhada com a sua voz – esta menina é sua filha?

            - Sim. – respondeu a minha mãe pasmada.

            - Será que me pode fazer um favor? – perguntou Alice calmamente.

            - Claro, claro. – disse a minha mãe surpreendida.      

            -Será que nos podia acompanhar até casa para eles puderem brincar? Por favor, é muito importante. Eu explico-lhe quando lá chegarmos.

            -Com certeza. – acedeu a minha mãe cada vez mais atrapalhada com a situação.

            Em seguida, Alice levou-nos até uma mansão que se situava na rua anterior. Já lá dentro, não sei se por medir apenas 72cm, fiquei muito surpreendida com as dimensões da casa. Era enorme! Virei a cara para ver o rosto da minha mãe e percebi que não era a minha altura o problema, ela estava ainda mais admirada que eu.

A minha mãe e as minhas tias sentaram-se no sofá com Alice, e enquanto eu e Taylor brincávamos, ela contou-lhes a razão de tudo aquilo.

            - Peço-lhes que me desculpem por as ter arrastado até aqui sem uma explicação coerente, mas acreditem que tenho uma boa justificação. – começou ela por dizer – Os meus pais morreram há poucos meses e desde então o meu irmão nunca mais sorriu nem se interessou por nada. Estava muito preocupada com ele e com a hipótese de a situação se agravar, e quando vi a maneira como ele olhava para a Inês, não resisti à oportunidade de o confortar.

            - Claro, eu compreendo perfeitamente a sua situação. Mas nós estamos aqui apenas para passar férias, por isso não poderemos ajudar muito. – disse a minha mãe, entristecida pelas próprias palavras.

            - Eu entendo isso e não lhes vou pedir que se mudem para aqui nem nada do género. Apenas lhe peço que não afaste a sua filha do meu irmão enquanto estiverem cá. – implorou Alice com os olhos cobertos por lágrimas – Eu posso mostrar-lhe Los Angeles melhor que ninguém, posso ser a sua guia, posso fazer qualquer coisa! Mas por favor, a Inês é a nossa última esperança, não a afaste de nós. Por favor! 

            Rendida, a minha mãe apenas acenou com a cabeça. Nesse momento olhei por acaso para Alice e distingui-lhe um sorriso feliz e sincero nos lábios, mas mais que isso vi um novo brilho a nascer nos seus olhos tal como o tinha visto em Taylor quando olhámos um para o outro pela primeira vez. O brilho nos olhos deles, especialmente nos olhos de Taylor, causava-me satisfação e alegria, e apesar da minha tenra idade, formou-se dentro de mim a promessa de que iria proteger aquele brilho e aumentá-lo para sempre, ou até ao dia da minha morte, aquilo que viesse depois.    

              Passámos lá a tarde, e eu e Taylor aproveitámo-la como só as crianças sabem fazer. Alice mostrou-nos a casa toda e levou-nos a passear pelo jardim, acabou por se deixar contagiar pela nossa alegria e juntou-se também às brincadeiras. O brilho dos olhos deles cada vez me cativava mais, e com o passar das horas acabou por se tornar realmente importante. O resultado de tudo aquilo foi que eu e Taylor nos afeiçoamos um ao outro.

              Começou a escurecer e tivemos de ir embora, facto que me deixou tremendamente infeliz, mas isso passou quando Alice começou a fazer planos com a minha mãe para que nos voltássemos a encontrar no dia seguinte.

Para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora