capitulo 12 - Derrota a poucos segundos do fim

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*este capitulo é pequenino, mas logo ponho outro :)*

            “Thum…” ecoou o meu coração acompanhado pelo meu último suspiro, ou era isso que eu pensava.

             “Thum-thum, thum-thum, thum-thum.”

             “Oh, não, não! Não me faças isto! Pára! Pára!”, pensei. Eu estava a pensar, mas porquê que estava a pensar? Cada vez respirava melhor, os bips da máquina tornavam a fazer-se ouvir na minha mente e estavam a aumentar e a tornarem-se mais fortes em vez de pararem. Não sabia o que estava a acontecer. Eu tinha conseguido, ia morrer inevitavelmente.

            “Porque é que no último segundo o meu corpo voltou a trabalhar? Porque é que se tinha de virar contra mim?”

            Nessa altura tentei não pensar, nem respirar, não podia desistir assim, mas o meu corpo não obedecia, continuava a respirar e o coração era forte e rápido, como se houvesse alguma coisa a forçá-lo a trabalhar. “O que será?”, pensei. Só os médicos me poderiam salvar e eles tinham prometido deixar-me morrer, e além disso, eu conseguia ouvi-los parados e silenciosos à minha volta, de certeza tão surpreendidos quanto eu. “Então se não são eles, quem tem capacidades para me salvar?”, pensei confusa. O meu cérebro já tinha voltado ao ritmo normal, por isso não havia motivo para o impedir de pensar, aliás eu queria descobrir o que se tinha passado. Decidi que quando acordasse, o que era inevitável pois iria sobreviver, contra a minha vontade mas parecia que ninguém no mundo queria saber da minha vontade para nada, iria perguntar a um profissional o que tinha falhado no meu plano por muito inconveniente que fosse perguntar a um médico porque é que não tinha morrido. 

            Parei de resistir, não estava a funcionar, sentia-me derrotada. Fiquei quieta e serena e deixei que sei lá o quê me salvasse. Pouco tempo depois adormeci. 

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