*e começa agora. só digo isso*
No dia seguinte, acordei às 7 da manhã, estava preocupada com ele e não tinha conseguido dormir. Vesti a primeira coisa que me apareceu à frente, sem me certificar se combinava, e desci. Fui até à cozinha ver se estava alguém.
Stephanie estava lá, tinha começado a preparar o pequeno-almoço. Ofereci-me para a ajudar, já que precisava distrair-me com alguma coisa. Foi aí que decidi que ia sair, ir às compras ou alguma coisa assim, e o mais rápido possível. Como não me parecia que Taylor quisesse sair nesse dia, pensei em ir logo depois do pequeno-almoço. Este plano agradava-me. Depois de dois meses, ia abrir uma excepção à rotina.
Às sete e meia começámos a levar as coisas para a mesa. Acabámos depressa, pelo que ficámos com tempo livre. Decidi ir buscar flores ao jardim e fazer um bouquet para pôr na sala de estar. Apanhei rosas brancas e cor-de-rosa, levei-as para a cozinha e pedi ajuda à Stephanie, pois ela tinha jeito para aquele tipo de coisas. Ficou bastante bonito.
Quando passei pelas escadas para levar a jarra para a sala, vi Taylor a descê-las. Fiquei tão assustada que não consegui continuar a andar, fiquei parada, em frente às escadas, a olhar para ele. Não conseguia desviar o olhar, estava aterrorizada. Comecei a tremer, por um momento pensei que ia deixar cair a jarra com as flores, mas controlei-me a tempo. Aquela pessoa que estava à minha frente não podia ser a mesma que outrora comparara com um anjo. Mas era ele, muito diferente do meu Taylor, mas era ele de certeza.
Taylor parecia um zombie, mais pálido que a cal, muito lento e inseguro, cambaleando ao andar agarrava-se ao corrimão com todas as forças que tinha e respirava também com muita dificuldade. Mas o que mais me assustou foram os olhos, porque, ao contrário da expressão do rosto que estava despida de emoção, os olhos tinham sucumbido à dor e ao desespero e, a julgar pelas carregadas olheiras que lhe rodeavam os olhos, aquela não tinha sido uma noite agradável para ele.
Quando chegou ao último degrau, olhou para mim e tentou sorrir, sem grande êxito.
- Bom dia, querida. Dormiste bem esta noite? – perguntou, com uma voz cansada e fraca.
- Não muito. E tu estás bem? – perguntei, ainda sem me conseguir mexer.
- Estou só cansado. Sabes como é, vou ficar bem. – disse, mas o seu tom de voz não expressava quase nenhuma esperança nisso, logo, não me convenceu nem um pouco.
- Hum… - foi a melhor resposta que me ocorreu.
Definitivamente, eu ia sair depois do pequeno-almoço, não conseguia ficar em casa e vê-lo assim. Talvez fosse um gesto egoísta mas, naquele momento, eu precisava ser egoísta pelo bem da minha sanidade mental.
Ele dirigiu-se para a sala de jantar, enquanto eu ainda ali fiquei parada, até reunir forças para andar. Quando finalmente consegui, depositei a jarra em cima da mesinha mais próxima, pois tinha as mãos a tremer e não era a melhor altura para partir vasos. Dirigi-me, com calma, até à sala de jantar e, já lá dentro, reparei que Stephanie também estava assustada. Sentei-me e bebi um iogurte, não conseguia comer mais nada. Estavam todos calados e não parecia que fossem falar, por isso, aproveitei a deixa.
- Taylor, estava a pensar em sair agora, ir dar uma volta. Importaste? – perguntei.
- Não, podes ir. Hoje vou passar o dia a dormir, por isso não vou ser boa companhia para ninguém. Com licença. – disse, e saiu da sala.
Ouvi-o subir as escadas vagarosamente. Levantei-me logo de seguida e dirigi-me à porta de saída, estava com pressa. Parei em frente ao espelho antes de sair e… Espectacular! Uma camisa verde com uma saia roxa, era isso que tinha vestido, sem falar no cabelo despenteado. Era ridículo, só um palhaço teria coragem de ir assim para a rua. Subi as escadas e dirigi-me ao quarto para mudar de roupa. Vesti um vestido salmão leve e angelical, um dos meus preferidos, apanhei numa mala branca e atirei o telemóvel e a carteira lá para dentro. Quando saí do quarto, parei em frente ao quarto de Taylor e pensei em ir dar-lhe um abraço e dizer-lhe que o adorava, mas não queria ver, outra vez, o meu namorado e melhor amigo transformado num zombie. Desci as escadas enquanto pensava: ”Bem, ele não vai a lado nenhum. Logo lhe digo quando voltar.”, e fui-me embora.
O motorista já estava lá fora à minha espera quando saí de casa. Dirigi-me ao carro e pensei “Uau! Um Aston Martin. Gosto deste.”, entrando em seguida no carro.
Passei a manhã a ver lojas, comprei cinco vestidos novos e, à uma da tarde, fui almoçar. Quando acabei, fui a uma joalharia, mas não gostei de quase nada, utilizavam demasiado ouro para o meu gosto. Olhei para o relógio, eram duas e meia, por isso decidi que iria para casa. As ruas estavam a ficar apinhadas de gente e eu não queria encontrar-me com paparazzis, muito menos naquele momento.

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Para sempre
RomantizmEste foi o primeiro livro que escrevi e tem um grande valor sentimental para mim.. é uma história de amor com drama pelo meio e partes engraçadas também. espero que gostem e comentem para eu poder saber