Capítulo 4

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São exatamente 18:45 da noite, temos permissão de está na rua até as 21 horas, eu e Nancy vamos andando pela avenida, da para ver o avião que caiu ontem do outro lado da pista, Nancy vem ao meu lado falando do seu vizinho que foi encontrado morto hoje pela manhã, vamos passando pela avenida claverton ST, um carro vem em alta velocidade na nossa direção, Nancy corre, meu corpo fica plantado no meio da avenida, olho para o carro, a apenas um metro de distância entre eu e a morte. Estendo minhas mãos para me proteger, e um círculo quase que transparente me cerca por todos os lados, o carro bate no círculo e capota passando por cima de minha cabeça, olho para Nancy, meus olhos estão cheios de lágrimas, ela me olha de volta com a mão na boca, ela parece bastante assustada, olho para o carro atrás de mim, provavelmente o homem que está lá dentro morreu, coloco as mãos na cabeça, tudo que eu quero é gritar e chorar ao mesmo tempo, saiu correndo para casa como uma louca desesperada, as lágrimas insistem em cair, em alguns minutos chego na frente do prédio, mas a algo errado, tem cinco carros de Polícia e uma ambulância em frente ao prédio, subo naturalmente, chegando no sétimo andar, a policiais na frente da minha casa com a porta aberta, meu coração acelera, minha mãe me espera na sala, ela segura minha mão e me leva para o quarto.

- O que aconteceu mãe?! - ela fecha a porta, ela me olha com um olhar seco, não é minha mãe... não é minha mãe.
- você não pode fica aqui querida - posso ver as lágrimas em seu rosto - infelizmente, você é uma infectada!
- Eu não sou uma infectada! - as janelas de vidro quebram, cerro os dentes, minha mãe me olha assustada - -mãe por favor - as lágrimas caem - não precisa ter medo!
- minha pequena flor, eu preciso te contar uma coisa - ela caminha até a janela, posso ouvir o barulho dos cacos de vidro abaixo de seus pés - você não é nossa filha, encontramos você na porta do nosso apartamento - ficamos alguns minutos em silêncio - sinto muito, eu não tive outra escolha - ela se ajoelha perto de mim e segura minha mão - Eu tive que entregar você para Polícia especial!
- Foi por isso que você sumiu ontem pela manhã, a senhora nem deixou eu explicar - tento segurar as lágrimas mas não consigo, minha voz sai trêmula.
- Você me escondeu a verdade esse tempo todo!
- Nós éramos tão felizes! - Ela beija minha mão, eu preciso ver meu pai.
- Me larga - falo gritando, três homens entram no quarto, um deles vem em minha direção, ele segura meu braço esquerdo, com o braço direito jogo ele na parede, ele cai no chão desacordado, o segundo homem atira em minha direção, uma agulha vermelha fica pendurada no meu braço, vejo o terceiro homem ajudar minha mãe a se levantar, quando chego na sala, meu Pai vem em minha direção, ele parece mais assustado que eu.
- Filha, minha querida! me perdoa! - quero responder alguma coisa, me sinto tão fraca, derrepente ele cai no chão com a mão no peito.
- Pai... - é tudo que consigo dizer em sussurros, minha mãe se ajoelha ao seu lado, posso escutar seus gritos.

- Socorro ele está enfartando... - minhas pernas ficam fracas, o policial me carrega nos braços, parece que chegaram mais carros de Polícia, vejo Nancy tentando entrar no prédio, ela é impedida por uma policial, o homem me joga dentro da ambulância - minha visão vai escurecendo até que eu perco os sentidos...

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