Mutantes

Capítulo 14

Esta uma noite fria, pego meu agasalho e vou tomar um pouco de ar fresco, vou caminhando pelos campos do leste, agora, estou um pouco distante da cidade, escuto barulhos de águas, vejo um rio, com uma pequena ponte - Não, será? - eu paro em sua frente, tentando descobrir o que tem do outro lado, é tão escuro, no meu lado da ponte a lua brilha como uma lâmpada fluorescente, coloco meu pé direito sobre a ponte, não demora muito até chegar no meio, olho fixamente para o outro lado, vejo a lua refletida nas águas passando por baixo de mim, volto minha atenção para o final da ponte, alguma coisa vai saindo da escuridão, eu dou um passo para trás.
- Não tenha medo! - fala uma voz suave, uma mulher sobe na ponte, ela anda em passos lentos - Qual é seu nome?
- O que você ganha sabendo meu nome? - ela me examina, tento ver seus olhos, o brilho da lua não esta tão forte agora, mas vejo que ela tem a pele branca como a minha, e usa um longo vestido preto.
- Você não vai querer que eu vá até você... vai? - ela serra os dentes
- Estou esperando! - ela vem em minha direção, uma bola preta sai de sua mão esquerda, da bola sai pequenos raios de luz azul - nunca vi ninguém com um poder igual a este.
- Você vai se arrepender! - escuto um grito atrás de mim, como um rugido.
- Se afaste Katy! - ordena Oliver, eu olho para trás, ele pula por cima de mim, eu corro para os guardiões, Oliver crava uma espada no meio da ponte, uma forte luz sai da espada, ele é jogado para longe, olho para a ponte assim que a luz se apaga, as madeiras estão boiando no rio, a mulher da uma gargalhada.
- Eu nunca pensei que você seria tão idiota!
- Você não presta, Alice - ele grita, sinto o ódio em suas palavras, um homem se aproxima de Alice, ele sussurra algo em seu ouvido, mas ela continua com os olhos fixos em Oliver.
- Nos encontramos em breve... querido! - ela some na escuridão, Oliver vem em minha direção.
- Tudo bem? - ele pergunta, estou em choque, nunca pensei que fosse ver Alice tão rápido, eu não conseguir vê seu rosto, mais sua voz era algo tão familiar, tão íntimo.
- Sim - nós voltamos para mansão, eu não sei bem o que este silêncio todo significa, mas com certeza não é bom.