Doze

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Quando eu estava prestes a fugir, me senti segurada por alguém. Aquele perfume era agradável, quando me dei por conta, estava sendo abraçada?!

Antes que eu pudesse protestar, meu braço foi puxado com uma força bruta, tudo em questão de minutos. Eu parecia uma bolinha de metal daquele jogo pinball.

Senti dor. Quando olhei em volta vi Mikhael com uma expressão de fúria e um outro homem a sua frente sorrindo maliciosamente.

- Raphael... O que você está fazendo aqui? - Mikhael altera um pouco a voz.

- Tsc tsc... Você continua ainda com essa mania de se divertir com gente fraca irmãozinho? - O outro ri.

De repente estamos cercados. Linda fica perplexa e resolve se afastar um pouco, observando a cena toda de longe.

- Ei!... - Olhei para Mikhael, ele estava apertando o meu braço. - Mikhael... Dá para me... - Fui interrompida por seu olhar furioso.

- Você vem comigo! - Ele me arrasta literalmente para fora da festa.

Luiza não teve nem tempo de correr atrás de mim, fora bloqueada pelos seguranças da festa, que também perteciam a Mikhael.

Ele me leva para um corredor de acesso aos banheiros, lá ele me joga contra a parede, a distância entre esse lugar e o salão era de mais ou menos uns 50 metros. Nenhum fotógrafo estava a nossa volta, devido a interrupção dos seguranças.

Estava nervosa com aquilo tudo, meu coração começava a falhar as batidas, meu braço estava livre, mas, eu sentia dor. Olhava para ele com raiva.

- O que diabos deu em você? O que eu fiz? - Perguntei exaltada.

Ele caminhava de um lado a outro bufando de raiva. Quando ele finalmente para e olha no meu rosto, ele estava vermelho de puro ódio.

- Como você conhece Raphael? - Ele cruza os braços enquanto me encara.

- Quem? Aquele que te chamou de irmãozinho? - Perguntei na inocência.

Ele urra.

- ELE NÃO É MEU IRMÃO! - Ele vem em minha direção.

Senti como se fosse levar uma bofetada. Fechei meus olhos e cobri meu rosto com as mãos. Passou dois minutos, eu tremia, lentamente vou me dando conta de que não acontecia nada, ele estava silencioso, senti um pequeno impacto em cima da minha cabeça, seu braço, me cobri de novo.

Aquele silêncio estava me matando, o que ele estava fazendo? Resolvi reunir toda a coragem que eu tinha, e resolvi encará-lo de peito estufado.

Naquele instante, meu coração falhou, eu tentei falar alguma coisa, mas, meus lábios apenas fizeram uma pequena abertura. Ele estava me encarando, estava sério, eu engoli seco, sentindo um misto louco de emoções, meu corpo aquecia de cima a baixo, seus olhos pareciam penetrar na minha alma. Aquele azul oceano desejava me afundar, ele estava próximo, ele estava se aproximando do meu rosto seriamente.

Frenezi, meu coração começou a acelerar, minha respiração se tornava ofegante, apertei meus punhos. Senti sua mão esquerda levemente tocar com as pontas dos dedos no meu braço arroxeado pela sua fúria.

O que diabos ele estava fazendo?

Resolvi reagir, e franzi o cenho. Foi quando ele respondeu.

- Esse vestido... Não combina com gente gorda e ridícula como você. - Ele começa a rir da minha cara.

Eu estava chocada, aquilo que estava sentindo era fruto de uma provocação infantil. Meu queixo tremia. Aquilo era demais. Sem pensar duas vezes o empurrei, ele foi com certa violência para trás, me aproximei e lhe dei uma bofetada no lado direito do seu rosto.

Eu também sou mulher! - [Pausado]Onde histórias criam vida. Descubra agora