Trinta e oito

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Quando eu vi Elisa adentrar no local, por alguns segundos eu tive a sensação de estar vendo uma assombração, embora ela ainda estivesse viva.

Luiza estava em seu modo: "mato se você chegar perto". Ela segurava a minha mão com força, eu sabia que se Elisa se aproximasse, ela falaria tudo que gostaria de dizer na cara dela em minha defesa.

Elisa

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Elisa

Sabe aquele momento, que tudo ao seu redor congela? Eu estava vivenciando nos últimos dois minutos uma enxurrada de lembranças ruins ao revê-la ali.

Foi quando ela me enxergou, ela sorriu de uma forma tão falsa, que instintivamente dei dois passos para trás.

- Alana? É você querida? - Ela se aproxima me olhando de cima abaixo. - Não sabia que era conhecida de Izabel.

Eu fico em silêncio.

- Você está ótima! - Ela vem me abraçar e eu não retribuí, fiz cara de nojo.

Luiza a interrompe colocando a mão em seu ombro.

- Dá licença queridinha, mas, não tá vendo que a sua presença não agrada Alana, nem agora e nem na próxima vida, coisa falsa? Se ela quizesse te cumprimentar ela mesmo teria ido até você benhê. - Luiza fala aquilo afastando Elisa com a mão delicadamente para ter a sua atenção.

Izabel observa a situação; Mikhael a puxa de leve pelo braço.

- Você acaba de fazer a pior coisa em sua festa. - Ele fala aos sussurros sendo discreto.

- Você a conhece? - Ela pergunta assustada ouvindo o que ele dizia.

Mikhael revela a Izabel quem realmente era Elisa, ela fica pasma e logo se aproxima de nós.

- Elisa! Querida, me acompanhe! Vou mostrar a sua mesa, por favor! - Ela faz Elisa a seguir.

Izabel pisca para Luiza, ela havia compreendido bem a situação. Elisa no entanto, fica encarando Luiza a distância como se ela fosse um lixo.

Izabel não poderia colocar a acompanhante de um grande empresário a pontapés para fora de sua festa, ainda que tivesse vontade, isso não seria nada bom para a imagem da agência e seus convidados.  Por isso, ela os manteve afastados e bem longe de onde eu, Luiza e Raphael estávamos.

Eu não me sentia bem, resolvi sentar em minha mesa, Luiza pede água para mim, eu estava pálida como um fantasma.

- Diva... Te acalma eu tô aqui viu? - Ela me abraça.

Eu também sou mulher! - [Pausado]Onde histórias criam vida. Descubra agora