Capitulo~*~23

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  O quilombo é bastante grande,tem muitos escravos foragidos para chegar até aqui foi difícil é um lugar muito bem escondido e fica próximo da mansão,tem um caminho pela floresta que leva até lá,as crianças não sabem ler nem escrever no próprio idioma deles falam pouco são bastante tímidas.

   Eles improvisaram uma enfermaria para os que chegam e aqueles que estão doentes,Thomas vem até aqui pessoalmente a cada quinze dias entregar medicamentos e alimentos roupas,Thomas não pode comprar a carta de alforria a todos por serem muitos e iria acabar chamando a atenção das autoridades,alguns escravos tiveram sua liberdade e trabalham para Thomas,todos aqui gostam muito dele e com razão ele é o benfeitor, trata cada um como se fosse  seu amigo e de fato são.

  Após almoçarmos,coisa que eu gostei muito especialmente da simplicidade para a refeição eles tentaram fazer o melhor para que fosse sofisticado, mais eu insisti que fosse do modo deles.
Thomas quer me mostrar o rio e a cachoeira que fica aqui perto, o únir o caminho é por uma trilha eu não tenho facilidade para caminhar em lugar assim  descobri isso hoje,mas falo que quero ir sem pensar muito na dificuldade que terei para andar.
  Já lá trilha quando estamos na metade retiro os sapatos e o vestido Thomas se vira mas eu digo que estou com o saiote e ainda outra roupa por baixo ele ri olhando para mim e diz :

_ Porque você usa roupas masculinas por baixo do saiote?_E esse relógio de bolso preso ao espartilho posso ver?

_A roupa é costume, o relógio era do meu pai biológico. Respondo enquanto entrego o relógio a ele.

_Costume? As iniciais WG presumo que seja o sobrenome da família eu conheço o fabricante desse relógio nós fizemos negócios a algum tempo.

_Costume pois quando eu estava em casa nem sempre eu usei vestido, minha mãe não gostava nem um pouco,ela são bem mais confortáveis acabei colocando por baixo hoje na pressa... Sim as iniciais são.
(Ele conhece o fabricante então talvez o fabricante possa me dizer algo sobre meus pais, mas como devo perguntar a ele).

_Um costume bem peculiar para uma dama não?! Mas ficaram bem em você, devia tirar o saiote daqui para frente o caminho é bem escorregadio e fechado, venha suba em minhas costas ou você irá escorregar e quase me derrubar outra vez.(risos)

Ele me entrega o relógio e quando finalmente chegamos fico encantada com a beleza natural lugar me aproximo e toco na água que está bem fria Thomas já dentro da água com a água batendo em seus joelhos me chama eu me recuso caminhando para trás dizendo que a água está muito fria, ele vem até mim então eu saio correndo e subo rápido em uma árvore  ele espantado pergunta:

_Como você fez isso!? Subir tão rápido sem nenhuma dificuldade.

_Existe muitas coisas sobre mim que você não sabe!

_Irei adorar descobrir senhorita,venha vamos depois que você entra nem sente o frio...

_Se você conseguir me pegar...
Então subo mais alto observando ele subir com dificuldade.

  Parecemos duas crianças brincando de pega pega e eu estou ganhando fugindo dele Thomas parece estar tão feliz, seu semblante mudou não está mais tão sério e preocupado então eu contínuo fugindo até escorregar na margem da água caindo diretamente dentro d'água gelada me molhando toda, Thomas para na minha frente rindo muito mais muito mesmo, eu brava levanto e abraço ele fazendo ele se molhar então ele diz:

_Peguei você.

_Não seu bobo eu te peguei!

Nós nadamos um pouco e realmente já não sinto frio,nos sentamos em uma rocha atrás da cachoeira decido perguntar sobre o relógio que está preso ao meu bolso esse parece ser o momento ideal:

_Então o fabricante você o conhece?

_Sim, é um senhor artesão o trabalho dele é incrível desde jóias até relógios com pêndulos, mas ele já não trabalha mais,pois está muito doente.

_E onde ele vive?

_Aqui mesmo em Londres, porque quer saber tanto, vai querer um relógio seu?

_É sim... Eu quero um relógio de bolso.
Respondo tentando disfarçar.

_Sendo assim eu posso te levar até ele, se eu pedir certamente ele não irá recusar.

_Obrigada Thomas,

_Não precisa agradecer, eu prometo que terei um tempo para nós, tem muitos lugares que quero que conheça.
Eu que agradeço a você a muito tempo eu não me sentia livre e nem me divertia assim.

  Eu vejo um olhar preocupado querendo voltar então,eu o empurro para trás fazendo com que ele caia na água e digo a diversão ainda não acabou,mas quando Thomas imerge percebo que ele se machucou e está com a cabeça sangrando eu pulo na água e ajudo ele a voltar para a margem,sentados na beira começo a procurar o corte e encontro um pequeno na testa não foi grande mais é profundo Thomas diz rindo:

_Isso não foi muito divertido,desse jeito vai ficar viúva antes de casar.

_Me perdoe Thomas essa não era minha intenção.

_Talvez eu perdoe mais quero um beijo para sarar.
Diz ele virando o rosto e apontando para a bochecha.

Mas quando eu vô beijar ele vira o rosto e eu o beijo na boca,eu não esperava então foi um beijo atrapalhado,então Thomas segura meu queixo me olha diretamente com seu olhar prenetante  sorri e então nos beijamos um beijo doce e suave que me faz

[…]

As Cores do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora