As Cores do Céu

Capitulo ‡ 30

  Já na joalheria não me sinto confortável,escolhendo entre rubis diamantes jóias preciosas e caras, as com preço menor daria para comprar um escravo jovem e forte.
Que horror comprar uma pessoa como se fosse um objeto para usar, resmungo enquanto coloco um anel,observo do outro lado da loja um rapaz que está atendendo Victória sendo muito gentil e atencioso com ela até de mais,me pergunto se será ele a pessoa que ela diz gostaria​ uma moça que está próximo de mim me ouviu resmungar e pergunta,,

_Com licença senhorita,eu ouvi você dizer que acha a escravidão algo horrível estou certa?

Eu me viro para poder vê-la,me espanto como eu não havia notado sua presença antes uma mulata,linda vestida como uma dama.

_Sim,você ouviu bem,sou abolucionista  contra a escravidão me chamo Celyne Brown,estou encantada você é linda.Respondo

_É sempre bom poder conhecer pessoas como você agradeço o elogio, muito gentil de sua parte sou a Condessa Melaine Le Leistkows eu nunca  a vi por aqui antes.

_Condessa?!
Pergunto afoita.

_Se a senhorita não houvesse dito que é abolucionista acharia groceria e até preconceito de sua parte senhorita Brown.

_Oh não de forma alguma, me perdoe, cheguei a cidade a pouco tempo...

_Entendo então vou te dizer resumidamente como me tornei condessa eu era uma escrava meu esposo o conde Warren Le Leistkows me comprou  quando eu ainda era menina cresci sendo uma  das criadas dele quando completei dezessete anos ele me deu a carta de alforria  juntamente com outros escravos  amigos meus que trabalhavam para ele mas eu não fui embora  porque já o amava já estava apaixonada por ele  um homem  íntegro muito bondoso gentil com todos.
 houve uma época que uma epidemia se alastrou e ele acabou por ficar  doente então eu tive oportunidade de me aproximar para cuidar dele  ficamos amigos um dia contei a ele o motivo de não ter ido embora como eu amava e não queria deixá-lo...

_Victoria nos interromper dizendo „
Perdoe-me a intromissão mas Cely querida se você já terminou devemos ir embora temos outros lugares para ir.

__Vic eu estou conversando agora. Digo

__Perdoem-me ocupar o tempo de vocês outro dia continuamos você será bem vinda em minha propriedade para tomar um chá  à tarde se quiser senhorita Brown e você também senhorita Wattson.
Diz a Condessa.

Nós marcamos um dia para o chá e em seguida saímos quando já estamos na carruagem Vic diz,,

__Você já está fazendo amigos peculiares...

__Não há nada de procurar na Condessa a cor da pele não diz nada  a classe dela é tão alta quanto a sua, e a propósito você a conhece ela sabia seu sobrenome.

__Não a conheço mas como você já sabe Thomas é o homem mais rico do país acima dele só o próprio rei,mas então ela vai continuar sendo uma negra.

__Certo deixe de dizer besteiras e o rapaz da loja ele olhava de um jeitinho para você...

__O que você está insinuando com essas reticências que deixou no ar?

__O que eu,não disse nada de mais só fiz uma pergunta.

__Não é ele tá a pessoa que eu gosto, ele foi um amigo do passado quando eu ainda era menina hoje nossas vidas  tomaram caminhos diferentes um dia talvez eu lhe conte.

Continuamos conversando sobre outras coisas e até que estou gostando da companhia dela Vic é até engraçada, vamos em loja de calçados e depois em uma de espartilhos e por onde passamos chamamos atenção.
O nome da família de Thomas é conhecido por todos eu sugiro a Vic irmos até a praça nos sentarmos um pouco para conversar sobre o assunto do piano.

Enquanto caminhamos até lá vejo ao longe um menino negro pequeno sendo agredido e jogado ao chão,pergunto se Vic está vendo aquilo ela diz não se pode fazer nada isso é comum ele deve está sendo castigado por algo que fez, não aguento ver quando o homem pega o chicote e corro até lá o mais rápido possível em questão de segundos me jogo na frente do garoto e o chicote acerta meu  braço esquerdo que começa a arder quando olho o vejo que cortou o tecido do vestido machucado e fazendo minha pele sangrar pego a mão do garoto que deve ter uns cinco anos e pergunto se ele está bem ele apenas acente fazendo sim com a cabeça me levanto e homem com o chicote puxa o menino de mim e diz,,

__Sua intrometida ele é meu e agora vou ensinar ele a não roubar mais comida. Enquanto levanta o chicote para cima.

Eu me abaixo ficando de joelhos e abraço o menino que está machucado e chorando e digo se ele quiser bater no garoto terá que bater em mim também vejo ao redor as pessoas começarem a se amontoar, mas ninguém intervém o homem pega no braço onde levei a chicotada e diz,,

__Que seja então, não me importo que você seja uma dama, se tenta
protegê-lo não vale igual a ele.

Eu apenas fecho os olhos e abraço o garoto apertado,quando ouço um som similar a um soco abro os olhos e vejo o homem ao chão sinto uma mão em meu ombro e ouço alguém dizer,,

__Ninguém vai machucar minha irmãzinha, você está bem Cely?!

Essa voz é...

[…]