Capítulo 9 - O grande dia - Parte 1

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O novo virá
Pra re-harmonizar
A terra, o ar, a água e o fogo

E sem se queixar
As peças vão voltar
Pra mesma caixa no final do jogo

(Um dia após o outro - Tiago Iorc)

Por Sakura

Acordei com uma leve dor de cabeça, culpa da tequila, essa bebida do satã que faz você perder a cabeça e tirar a roupa. Prometi pra mim inutilmente que nunca mais iria beber, daqui há poucas horas isso seria esquecido, mas enfim, vou comer algo antes e se não melhorar tomo um analgésico.

Levantei relativamente cedo pra quem pegou no sono após às 2 da madrugada, Hina queria chegar ao Centro Comunitário de Konoha em torno de 11:00h da manhã pra que desse tempo dela fazer tudo.

Ela não foi uma noiva muito exigente, só quis um banho com sais e uma massagem relaxante, fora a maquiagem e o penteado. Eu como acompanhante e madrinha ganharia isso tudo também, já quero ser madrinha mais vezes.

(...)

Já chegamos aqui e Hina está muito inquieta, pouco falou no café da manhã e no caminho pra cá nada disse, deve ser por conta do casamento, embora aquilo estivesse realmente me incomodando.

Calada demais, mas quando se sentava balançava os pés ou então roía as unhas, a manicure teria trabalho.

— Hina, está tudo bem? - resolvi quebrar o silêncio;

— Hã... Oi Saky – despertou dos seus pensamentos – está sim, sou estou um pouco ansiosa... acho que é normal – deu de ombros;

— Tem certeza que é só isso? - parecia ter algo errado;

— É sim Sakura-chan, pode ficar tranquila – disse com o dedo na boca levando pouco da unha que restava – vou tomar meu banho de sais relaxante.

— Tudo bem... Vou aproveitar e dar uma volta pelo jardim, quero ver como está a arrumação – falei, mas eu queria ir mesmo na minha cerejeira especial;

— Certo, mas não demore a madrinha também deve estar divina – falou me dando uma piscadela.

Como eu imaginei, o Jardim estava impecável, as cerejeiras estavam bem carregadas de flores, no altar estava uma grande mesa de madeira, que era coberta por uma espécie de tenda branca feita com um tecido muito fino, as cadeiras feita de um material transparente com um estofado branco estavam enfileiradas de forma perfeita, um tapete cor de areia ficava entre as cadeiras e terminava no altar, as flores que foram escolhidas pra decorar o casamento eram as preferidas do Naruto, a kurama uma flor laranja de 9 pétalas, era mesmo belíssima e ficaria maravilhoso combinando com o pôr-do-sol. Tinha uma arranjo grande em cada lado da mesa e arranjos menores que ladeavam o tapete.

Fui até a minha cerejeira preferida, passei a mão pela marca de anos atrás e me perguntei quando o veria de novo. Desde que voltei a Konoha ele vem habitando meus sonhos e um turbilhão de lembranças invadem a minha mente, pra melhorar ainda tomei uma bela dura de Itachi, mas eu sabia que ele estava certo, eu tinha que falar com ele algum dia, me explicar e pedir desculpas por tudo que fiz.

De repente lágrimas brotaram em meus olhos e agradeci mentalmente por não está maquiada ou ia borrar tudo. Sentia falta dele, do seu cheiro, do seu abraço e dos seus olhos negros que enxergavam mais do que eu aparentava mostrar.

Foco Sakura, repetia pra mim, agora não era hora disso.

Finalmente a dor de cabeça havia passado, mas eu sentia um nervosismo estranho, não sabia explicar o que estava sentindo. Pedi forças a mamãe mais uma vez e fui para o bangalô fazer a minha massagem, quem sabe assim essa tensão passava.

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