17: carrying On

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Era horrível.

Horrível e terrivelmente familiar aquele sentimento que me tirava o ar e embrulhava o estômago.

Depois que Taehyung deixou o quarto Neide entrou e me encontrou pálida no meio do quarto completamente em choque.

- amiga...

- ele terminou comigo. Neide...

- shhhh. Vai ficar tudo bem. - ela me abraçou enquanto eu permanecia com as mesmas expressão, porém agora com lágrimas torrenciais borrando minha visão.

Eu não sei por quanto tempo eu deixei ela me acalentar e sussurrar mentiras no meu ouvido. Eu só sei que de repente me senti sufocada, presa e o pior de tudo, abandonada.

- pode pegar meu telefone, por favor? - eu pedi a Neide secando as lágrimas já secas pelo vento.

- pra qu- o que você vai fazer? - ela perguntou temerosa e eu me sentei cansada demais para explicar.

- só pegue, por favor Neide.

- tudo bem... - ela disse e partiu em busca do aparelho. Voltou minutos depois com o que eu pedi nas mãos e eu não tardei em pegar e digitar o primeiro numero na discagem rápida.

- Jeon? - funguei quando ele atendeu.

' Lila? Aconteceu alguma coisa? Sua voz tá péssima!

- aconteceu. Eu já recuperei minha memória e quero voltar a trabalhar. - informei vendo Neide balançar a cabeça em negativa.

' mas ainda falta duas semanas pra sua licença médica acabar. - ele argumentou surpreso.

- não importa. Ninguém sabe disso a não ser a empresa, não é? Eu quero voltar Jeon. Por favor!

' tudo bem. Quando quer vir?

- amanhã de manhã.

' Vou comprar a passagem e te mando por e-mail.

- obrigada. Você é o melhor Manager de todos.

' que bom que está de volta. - ele disse e desligou me fazendo encarar Neide.

- tem certeza que é isso que quer? - ela perguntou ao invés de me brigar e dizer que eu não ia embora coisa nenhuma.

Pensando bem não tinha como ela me impedir. Minha memória estava quase 100% e o machucado na minha cabeça já estava curado.

Nada me prendia ali.

- ele terminou comigo Neide. Ele não confia em mim, nunca confiou. Eu não vou ficar aqui me sujeitando a isso quando eu posso muito bem estar trabalhando e fazendo o que eu amo. - decidi e Neide graças a Deus me apoiou e ficou comigo até eu pegar no sono.

Quando acordei ainda estava amanhecendo, mas meu celular gritava loucamente ao meu lado. Olhei ao redor do quarto e vi uma pequena mala perto ta porta e uma muda de roupa em cima da poltrona que eu usava para calçar meus sapatos.

Me aprontei rapidamente e saí do quarto levando a mala comigo e encontrei Neide preparando chá na cozinha.

- já está na hora? - ela perguntou triste quando me viu descendo as escadas.

Imagine V: A Idol Army!Onde histórias criam vida. Descubra agora