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67. Por Camila Cabello.












Envolvi minhas pernas, cruzando meus braços. A dor daquela pergunta, era pior que qualquer tratamento, pior que qualquer dor, pior até da própria idéia de morrer. Por mais consciente que eu estivesse da minha morte e da certeza se eu conseguisse escapar do linfoma, viveria dentro de um quarto de hospital, ligada a varias máquinas, levando raios ultravioletas diariamente em minha pele, mas para confirmar isso a ela, era mais difícil do que para qualquer outra pessoa que me fizesse essa pergunta. Quando a idéia de chorar passou pela minha cabeça, sentir seus braços sobre mim, e com um abraço forte, com seu abraço forte, me senti segura. Eu levantei a cabeça devagar, encontrando o olhar dela.

Quando meu mundo se despedaça, Quando não há nenhuma

luz para quebrar a escuridão é quando eu.. Eu olho para você!









— Me desculpe! — Ela sussurrou, colando sua testa na minha. — Não devia ter te perguntado isso. — Disse segurando meu rosto com as duas mãos. — Não quero te perder de jeito
nenhum.

O resto do meu coração explodiu, em pequenos pedaços que seriam dificilmente colados depois. Eu forcei um sorriso, e recostei minha testa na dela. Sentindo sua respiração estava
pesada contra meu rosto, fechei os olhos e tentei controlar toda a minha emoção. Quando menos percebi senti algo úmido em meu rosto. "Eu estava chorando", pensei. Mais assim que abrir os olhos percebi que aquelas lágrimas não eram minhas, eram dela. Seu rosto estava muito próximo do meu, fazendo com que elas caíssem, e escorregassem por ele.



A  Lista - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora