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74. Por Dr. Michael Jauregui.



Quando o relógio deu seis horas da noite, Camila já estava acomodada no quarto 420. Sua amiga e Lauren dormiam no sofá, quando eu entrei silenciosamente. Sinuhe, a mãe de Camila me olhou forçando um sorriso, que transparecia tristeza e cansaço. Me aproximei dela, e coloquei minha mão em seu ombro, como uma forma de lhe passar "consolo", e me aproximei de Camila, checando sua pulsação.



— Então... — Eu disse tirando o estetoscópio do bolso do jaleco. — Como está a nossa garota? — Ouvi um riso sair da direção de Sinuhe e a olhei rindo. — Pulsação ótima, respiração, e temperatura também!

— Graças a Deus! — Ela murmurou, respirando e inspirando com dificuldade.


— Eu preciso ter uma conversa séria com você e seu marido! — Ela deu um pula da cadeira, e veio em minha direção, já com lágrimas nos olhos.

— Oh, diga que não é sobre ela! — Disse apontando para Camila adormecida em cima da cama. — Eu não sei, porque isso tudo está acontecendo comigo! Isso não é justo! — Ela estava quase
gritando dentro do quarto, quando por sorte, Alejandro o pai de Camila chegou trazendo consigo sacolas de papelão da Mc Donalds. Ela correu e foi em direção ao marido, quase derrubando as coisas no chão. Ele me olhou assustado e eu fui até eles, os levando para fora.

— Rose! — Chamei a secretaria enquanto fechava a porta pelo lado de fora, a moça se aproximou de mim, e eu peguei as coisas que estavam na mão de Fernando e as entreguei para ela: — Por favor, chame uma enfermeira pra cuidar do quarto 420 e leve essas coisas para dentro, em poucos minutos estou de volta!

A  Lista - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora