Ele se aproxima e abre as algemas com uma chave. - Onde está dona Coruja? - me dirijo a ele com grosseiria.
Ele se levanta sem dizer uma palavra e me leva até a cela dela. A vejo dentro de uma gaiola. Meus olhos se enchem de lágrimas. "Agora não Ada! Força!".
Passo o dedo na cela e vou até a gaiola e passo o dedo novamente. Ela está desacordada e penso nas piores coisas. Começo a soluçar.
"Esteja viva!" Pego ela nos braços e saio apressada de lá, Rocca me segue e logo atrás vem o ser alado.
Subo as escadas correndo e quando chego lá em cima sinto minhas pernas fraquejarem " Força Ada!".
Viro-me para o ser alado.
- Caso conte para alguém que você me viu, quando eu assumir a coroa mando cortar sua cabeça! - ele me olha assustado.
- Jamais contaria majestade, eu devo obediência total para a senhorita. - ele abaixa a cabeça e passa por mim.
- Espere! - ele se vira - mostre-me a saída. - ele assenti e começa a caminhar para a saída da frente. Reviro os olhos. - quero sair pelos fundos! - Ele para e volta a caminhar pelo lado contrário. Vamos até o fim do corredor e ele abre uma porta vermelha. "Tudo aqui é vermelho e preto, nossa!". Ele continua andando e começo a descer para uma rampa que faz uma imensa curva, sigo ele e Rocca vem logo atrás de mim.
Ao final da rampa tem uma imensa cozinha.
- A saída é no fim da cozinha. - o ser alado afirma e se vira para sair.
- Lembre-se! Se contar para alguém eu mando decapitar você. - ele não olha, mas sei que ele não vai contar para ninguém e infelizmente sei também que Faruk vai descobrir que estou aqui por conta da mochila.
Caminho apressada pela cozinha e vejo olhares para meu lado. Não digo nada, apenas saio do lugar. Em meus braços estou carregando dona coruja.
Quando saio para fora fico paralisada, estou no jardim dos mortos. É lindo. Colorido. Impressionante.
- Venha Ada sei o caminho! - ouvir a voz extremamente grossa de Rocca me deixa alegre.
Seguimos pela beirada do muro e saímos por uma porta de madeira velha e totalmente desgastada. Saímos em uma imensa passarela de pedras e vejo ao longe uma grande vilarejo. Ele possui prédios de pedra e casas de pedra. É simplesmente lindo.
- Para onde iremos? - pergunto um pouco desesperada.
- Vamos para a floresta verde conheço alguns esconderijos lá!
- E como chegaremos lá? - olho para frente e a única opção é a passarela.
- Vamos ter que ser rápidos Ada, precisamos chegar no vilarejo... - Ouço trovões e vejo raios cruzarem o céu, as nuvens estão tão escuras e densas que quase me sinto prensada entre o céu e a terra.
Sigo os passos de Rocca.
- Por que o céu esta assim?
- O céu só clareia quando Faruk está de bom humor! O céu estava claro a dois dias. Ouvi um ser alado comentar, mas pelo jeito ele se escureceu novamente com a chegada de Faruk e pelo visto ele não está em seus melhores dias.
Caminhamos a passos largos e dona Coruja está começando a pesar. Sinto meus braços ficarem trêmulos. "Por favor não falhem!"
As nuvens parecem gritar de ódio pois é um trovão atrás do outro.
Caminhamos e corremos sem parar. Coloquei dona Coruja sobre meus ombros. Sei que Faruk me procurará logo logo e o pensamento está me atormentando. Infelizmente não consigo evitar de sentir uma pequena faísca de sentimento por ele. E o que me dói mais é saber que essa faísca não é ódio é pena talvez! Talvez mágoa! Qualquer sentimento que não se denomina ódio. E não se denomina amor! Me recuso a amar aquele monstro. Que matou minha mãe! Que feriu meus amigos, que ameaçou meu pai!
- Rocca quando será o baile? -
- Daqui três dias, ele vai escolher a nova guardiã e futura esposa.
- Hum... - então ele pretende me substituir "finalmente ele vai parar de me atormentar, de qualquer forma ele vai morrer antes de conseguir o que quer!"
Prometi me vingar pela morte de mamãe e é isso que farei! Não vou deixar que ele faça o que bem entender!
- Faruk sabe que está aqui?
- Ainda não, ele vai chegar ao castelo ainda, mas quase que ele descobre! - não paramos de andar em nenhum momento.
- Como entrou no castelo sem ser notada?
- Eu disse que vinha em nome das minha família e que era uma pretendente de Faruk!
- Ó! - ele começa a correr e aumento meu ritmo também - Logo fadas estão procurando por nós! Temos que chegar logo no vilarejo.
- O-o-u! - lembro-me que deixei o vestido que estava vestida no quarto que tomei banho. "Como pude esquecer!"
- Está tudo bem? - começo a correr ao lado de Rocca.
- Esqueci meu vestido no quarto que usei! - minha voz sai preocupada.
- Faruk saberá que está aqui logo logo.
- Na verdade ele saberá que estou viva logo logo! - Rocca para abuptamente.
- Você estava morta? Como que está aqui? - Rocca me olha confuso.
- Eu forjei minha morte para vim salvar vocês! Fiquei preocupado quando vocês desapareceram e não sabia se estavam vivos ou mortos. Então começou a me ameaçar, disse que carregaria papai das memórias dele e se ele não morresse ficaria louco para sempre. Além das morte de mamãe... Vou vingar tudo o que ele fez para mim e para as pessoas que amo.
Rocca me olha, sorri e volta a caminhar apressado.
- Você é muito corajosa Ada! Mais corajosa que sua mãe! Ela estaria orgulhosa de você - decido perguntar para Rocca como era a vida de mamãe antes dela fugir.
- Rocca, Faruk maltratava mamãe antes dela fugir?
- Não fisicamente! Mas sua mãe ficava trancafiada sobre os cuidados dele, ela sempre gostou de liberdade e decidiu fugir depois do baile de escolha do candidato para esposo, ela não iria fugir Ada! Mas tomou a decisão quando Faruk disse que tomaria sua primeira filha, ele disse que a muitos anos atrás havia feito um trato com sua tataravó, a fertilidade dela em troca da sua tataraneta. Sua mãe entrou em pânico e fugiu.
- Entendo... - mamãe não queria me perder por isso fez isso, ela não era obrigada a pagar pelos erros de minha tataravó, apesar de que eu só existo por causa desse maldito trato.
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Faruk - Amando o Inimigo (Concluído)
FantasiNão é fanfic (Concluído, ainda passará por revisão) #09 em FANTASIA (03/10/2017) #06 em FANTASIA (01/06/2017) #07 em FANTASIA (02/05/2017) Adaptação de Morfeu. (Imagens meramente ilustrativas) Ada perdeu a mãe em um suposto suicídio, mas descobre um...