Uma garota como qualquer outra adolescente, com uma vida promissora e repleta de possibilidades. No entanto, uma doença a confina a uma cama de hospital, onde ela enfrenta dois longos anos de intensa dor e inúmeras experiências transformadoras. Dura...
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►Alice◄
- O que você quer aqui?
- Conversar, meu amor. - Carlos falou ironicamente.
- Não me chame de meu amor. - disse irritada.
- Por que não? Já te contaram né? Filhos da P4T# fofoqueiros.
- Primeiro, não sou sua e muito menos seu amor. Segundo, eles não são filhos da P4t# e quem aqui é tudo isso e muito mais é você. E outra, não entendo, não temos mais nada, faz um tempo que não te vejo, por que está aqui? Por que veio se justificar?
- Não vim justificar, vim alerta.
- Alerta o quê? Você só pode estar louco! Você é muito ridículo. Vamos?! Sai daqui, agora!!
- Parabéns, Alice! Você não mudou nada, continua a mesma louca de sempre. Graças aos céus, não estou mais com você. Não sei onde estava com a cabeça para pensar em namorar você
- Cala a boca! - gritei indignada com tamanha ousadia. Ele vem aqui depois de não sei quanto tempo e vem aqui dar uma de engraçadinho?! - Quem deixou você entrar?
- Você quer saber? Vou contar por que deixei você.
- Não quero saber, me poupe de sua historinha, só me deixa em paz e sai.
- Agora que vou falar mesmo. Te deixei para ficar com a garota mais linda do colégio. Coisa que você não é. Ela tem popularidade e sai comigo em festas, coisa que você toda certinha não faz.
- Mentira! Sempre sai com você. Mas as festas que você me chamava era um lugar que um casal não deveria ir sempre, e isso me deixava desconfortável.
- Me poupe de seus dramas e de suas fantasias românticas. - disse com desdém.
- Quer saber? Vai embora, agora, Carlos. Não pedi suas explicações e não quero saber das suas escolhas. Não sei por que estou dando ouvidos a esta conversa sem sentido. Vai embora agora! - gritei, muito mais do que nervosa. Furiosa, estava com raiva dele e não queria saber dessas loucuras.
- Não!! - ele gritou - Me deixa terminar. Você... Você é doente e sempre foi. Não sai direito, filhinha de mamãe e papai. Tem grana e não aproveita. Não é tão gostosa assim e muito menos linda. É totalmente sem sal e sem açúcar. - Neste momento não aguentei mais, doeu ouvir algo assim de alguém que nem vale a pena, lágrimas começaram a cair, eu não deveria chorar na frente dele, mas não consegui ser forte.
- Não terminei ainda... - o interrompi e com um tapa. Ele ficou tão surpreso que não teve reação nenhuma, ficou me olhando espantado. Até eu fiquei surpresa com minha ação, mas me sinto muito bem agora, foi como lavar a alma.
