Uma garota como qualquer outra adolescente, com uma vida promissora e repleta de possibilidades. No entanto, uma doença a confina a uma cama de hospital, onde ela enfrenta dois longos anos de intensa dor e inúmeras experiências transformadoras. Dura...
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►Alice◄
O Vini estava me ensinando um jogo de tiros e assim que começamos o celular dele começou a gritar uma música de rock.
- Alô? - disse ele.
- O quê? - pareceu surpreso. Fiquei o observando preocupada.
- COMO ASSIM? - falou com voz exaltada e eu obviamente me assustei - O que aconteceu com o Mateus? - falou e parecia tentar se acalmar, mas estava claro em seus olhos a preocupação, parecia até assustado. De repente ele saiu andando e desligando o celular, foi em direção ao Léo.
- Léo, eu preciso ir embora, agora. - disse olhando para o Léo aflito.
- O que aconteceu, cara? - perguntou Léo preocupado.
- O Mateus, cara. - passou as mãos pelos cabelos e saiu andando.
- O que aconteceu com o Mateus? - perguntou o Léo, indo atrás dele.
- O Mateus sumiu de novo, preciso ajudar a Joana a achá-lo. - disse Vinícius andando ainda mais rápido em direção ao estacionamento do shopping.
- Você acha que ele foi atrás de você novamente?
- Não sei, cara, espero que não. - disse e suspirou. Nós estávamos logo atrás deles sem entender nada sobre aquele diálogo.
- Léo, quem é Mateus? - perguntei chegando perto dele segurando seu braço para ele andar mais devagar.
- Ele não te contou? - perguntou me olhando surpreso.
- Não.
- É o irmão mais novo dele. Ele bem hiperativo e quando ele fixa com algo ele não para de fazer até terminar ou não para de procurar até achar. É bem difícil controlá-lo quando isso acontece.
- Uau! Eu não sabia. - falei, realmente não conheço bem o Vini, isso faz meu coração apertar.
- Uma vez ele ficou fixado em encontrar o Vini e saiu andando pelas ruas, acabou se perdendo e ficamos iguais loucos procurando por ele por dois dias, foi bem difícil.
- Uau! - disse olhando para o Vinícius que estava andando em direção ao seu carro. Léo veio com ele, entrou no banco do motorista e não deixou o Vini dirigir, pois estava muito nervoso. Eu e Clara entramos no carro do Pedro, ele era o único de nós a ter habilitação, Clara ainda estava tirando a dela. Antes de sairmos deixamos claro que iríamos ajudar, o Vinícius não gostou muito da ideia, mas depois de Pedro insistir tanto, ele cedeu.
Quando chegamos a casa da madrasta do Vini, já a encontramos do lado de fora com alguns policiais, o Léo disse que o pai do Vini estava viajando a negócios, por isso não estava presente. O caso parecia bem sério, pelo que entendi, ele havia desaparecido desde muito cedo. Agora eram exatamente onze da noite, assim que ela nos viu, olhou confusa para o Vini e disse.
