CAPÍTULO 34 - Contato dos sequestradores

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►Vini◄

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►Vini◄

"É perigoso o quão destruído eu estou

Me salve porque eu não consigo me controlar

Não consigo" - Save me BTS

Depois daquela merda de contato insignificante, não ficamos sabendo de mais nada sobre o Mateus, estou começando a ficar com um medo absurdo. Pensar em como ele está se sentindo, como está sofrendo, o que estão fazendo com ele, isso me assusta. E saber que tudo isso é culpa minha, me deixa destruído.

Depois que relatei a todos que aqui estavam, sobre o que tinha acontecido comigo, e que eu tinha a total certeza que são as mesmas pessoas das ameaças, meu pai ficou furioso comigo, e com razão. Se ao menos eu tivesse avisado a eles e a polícia oficialmente, talvez o Mateus estivesse aqui conosco, mas eu sei que se eu revelasse, eles poderiam sofrer ainda mais.

Olha o caso da Alice, ela quase foi atropelada e, além disso, foi ameaçada. Por isso eu preferi que ela fosse para a casa da mãe dela, em vez de ficar no apê onde mora, e como ela teria que ir trabalhar, ela foi para casa descansar. É mais seguro e me sinto mais tranquilo, ter ela naquele apê sozinha me deixa aflito. E faz algumas horas que ela saiu daqui, e nessas horas ausentes ela não me contatou, eu tentei de todas as formas, mas nada. Estou começando a ficar paranoico, será que algo aconteceu com ela? Talvez, fosse melhor ela ter ficado aqui comigo, preciso entrar em contato com a dona Cecília, e assim aliviar minha preocupação. Mas antes que eu pudesse fazer esta ação, recebemos mais uma caixa, com um CD, tenho certeza que é dos sequestradores.

- Pela minha experiência de anos em casos de sequestro, é um vídeo mostrando a vítima, não sabemos o que vamos ver, por favor, vocês precisam se controlar. Eu vou pedir que só fique aqui o pai da criança, Vinícius, os advogados. Os outros podem se retirar. - disse Mauro tirando o CD da caixa e um bilhete que dizia para assistir ao vídeo.

- Tudo bem, só vamos logo com isso Mauro. - disse meu pai aflito, eu não conseguia pensar e nem dizer nada, estava com medo do que estava por vir.

- 'Papai eu quero ir para casa' - era Mateus, ele estava sentado em uma cadeira em um quarto com um fundo branco, os olhinhos estavam vermelhos, com certeza estava chorando, tinha alguns pequenos hematomas no rosto.

- Esses F1lh*s d# p4t#, bateram nele? Eu não acredito que tocaram em uma criança, como podem ser tão cruéis?! - Não consegui me conter.

- Calma, Vinícius! Precisamos continuar o vídeo, para assim tirá-lo de lá o mais rápido possível. - disse Mauro.

- Pior que fica difícil chefe, eles são bem espertos. Só mandam vídeos e cartas, nenhuma ligação, assim não dá para rastrear. - Um dos subordinados de Mauro falou.

- P*rr#, Kleber, agora não é hora de discutir sobre isso. - falou Mauro e continuou o vídeo.

- 'Faça tudo que essa senhora pedir papai, por favor. Eu quero ir embora'- ele dizia tudo de forma apreensiva e sempre olhava para trás da câmera com medo. Ver o Mateus assim me destrói por dentro - 'Papai, eles disseram que tem um guia, não, guia não, instrução na caixa. Para você e o Vini seguir. Assim eles podem me deixar ir embora rápido' - olhei para a caixa na mão do Mauro e lá tinha um documento.

- 'Ela também está aqui, por que senhora?' - Mateus perguntou para alguém atrás da câmera, seus olhinhos brilhavam - 'Vini, ela está aqui também, veio ficar comigo' - e assim ouvimos um barulho e a câmera foi desligada. Eu não entendi o porquê dele ter falado aquilo. Mas Alice veio aos meus pensamentos.

- Alice! Antônio, você conseguiu falar com Alice? Eu não consigo falar com ela.

- Não. Por quê? - disse Antônio desconfiado.

- Eu estou achando que a pessoa que ele está falando é ela.

- O que? Por que ela estaria lá? - Antônio perguntou assustado.

- Eu não sei, não sei. Vou ligar para Cecília.

- Eu já liguei Vinícius, e ela está preocupada, pois também não consegue falar com Alice. - falou Mauro.

- Puta merda! - disse Anthony se sentando.

- Ela contatou todos os amigos dela e nada. Talvez, você tenha razão. - Completou Mauro.

- Eles não podem sequestrar Alice, eu não vou aguentar, ela não tem nada a ver com isso. - disse Antônio andando de um lado a outro.

- Eles não podem fazer isso comigo. - falei assustado.

- Isso é tudo culpa sua. - Antônio puxou meu colarinho e começou a gritar - EU NUNCA QUE DEVERIA TER DEIXADO VOCÊ FICAR COM MINHA FILHA, OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ. SEU DESGRAÇADO! - ele gritou tudo isso e me empurrou, eu fiquei sem ação. Ele tinha razão, era tudo culpa minha.

- Calma, Antônio. A culpa não é de ninguém. Senta aqui, vamos nos acalmar. Ainda não sabemos se eles realmente sequestraram ela. - disse Anthony o acalmando.

Por que isso está acontecendo, por que eles têm que mexer com as pessoas que eu amo? Por que simplesmente não me colocam no lugar deles? Eu não posso suportar a dor de perdê-los.

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