Uma garota como qualquer outra adolescente, com uma vida promissora e repleta de possibilidades. No entanto, uma doença a confina a uma cama de hospital, onde ela enfrenta dois longos anos de intensa dor e inúmeras experiências transformadoras. Dura...
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►Vini◄
Na vida existem diversos tipos de situações, boas e ruins. Cabe a cada um de nós tentar entender e lidar com elas da melhor forma, mesmo se o nosso estado de espírito não estiver no seu melhor momento, e para quem tem a depressão é muito mais difícil, muito mias intenso. Mas eu tenho tentando, tenho aprendido muito sobre isso na terapia, e como é difícil. É tão fácil falar, aconselhar, difícil mesmo é seguir todo esse manual que temos em mãos para viver uma vida sem arrependimentos. Confesso que não sigo nada do que está escrito dentro desse tal manual, mas faço ou pelo menos estou tentando o meu melhor, já estou até fazendo terapia, o que já é um grande avanço.Esses dias tenho feito muitas coisas; como trabalhos voluntários, mais visitas ao hospital onde tiro as fotografias dos pacientes e no estúdio anda indo tudo muito bem. Tirando o fato que tivemos alguns contratempos em relação a atitudes da Melayne, mas tudo foi resolvido.
Ultimamente tenho evitado a Alice, não sei ao certo o porquê, mas não gosto da emoção e como meu coração reage quando falo e estou com ela. Por conta dessa minha decisão, ela se afastou também e ficou muito furiosa por eu não cumprir o que tinha dito a ela no hospital, de que eu manteria contato. Eu realmente não sei o que fazer, a única coisa que sei é que todos os que eu amo acabam prejudicados e machucados. De alguma forma isso acontece, não quero colocá-la no furacão que é a minha vida. Eu sei que já deveria ter superado, mas estou tentando entender o que aconteceu. Estou intrigado com o e-mail que recebi de Anthony, um promotor amigo que pedi para investigar o acidente de Sofia. Já estava mais que na hora de eu tomar coragem para entender e descobrir o que realmente aconteceu, só ficar me lamentando não vai ajudar.
Hoje teria um pequeno almoço na casa do Antônio, pai de Alice, para uma pequena comemoração sobre a adoção das crianças, Antônio e Fernanda iram adotar duas crianças. E claro como sou amigo deles, amizade que surgiu através do Anthony. Falando em Anthony, depois desse almoço iria encontrá-lo.
Chegando na casa do Antônio percebo que já tem alguns convidados, cumprimento ambos, ele e Fernanda, e os parabenizo. Sento no sofá e fico conversando com alguns conhecidos, quando ouço a campainha tocar e Fernanda vai atender. Imagino que seja mais alguns convidados, ops! Imaginei errado, era Alice, claro que ela viria. É a casa do pai dela, eu não deveria ter vindo. Vejo que ela percebeu a minha presença e logo mudou sua expressão alegre para incomodada, talvez irritada, conversando com Fernanda foi direto para o seu quarto. Fico me questionando se devo ou não permanecer naquele lugar, é óbvio que Alice se sentiu incomodada e eu confesso que também me senti assim. Será que devo falar com ela? Talvez, não seja um bom momento, sou tirado dos meus devaneios quando percebo ela aparecendo na sala novamente, linda como sempre. E ela está me ignorando, aposto que cumprimentou a todos de forma coletiva para não falar diretamente comigo. Ela está realmente brava comigo, não a culpa. Ah, Alice! Se você soubesse como minha vida é confusa e está uma loucura, você me entenderia.
