22 - A Festa - parte 3

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P.O.V: Naiara

Começo a andar pela festa sem rumo, não acredito no que está acontecendo... Não sei o que fazer em relação a nada. Começo a procurar Lucas para pedir para ele me levar para casa, mas ele também está bêbado isso é outro problema. Quando finalmente encontro Lucas, ele está com os lábios grudados nos de Bia, essa troca de saliva é nojenta e me dá arrepios. Mas o pior é que está sendo com a Bia. A Bia! Ela parece ter esquecido o motivo da festa.

E eu não sei o que fazer de novo! Minha primeira reação é tirar Bia de perto do Lucas, mas ela me empurra sem sair de perto dele. Certo, ela nem deve saber quem sou, está mais preocupada em tentar engolí-lo. Isso está me deixando irritada, estou com mais ciúmes do que quero admitir e isso me deixa mais nervosa ainda.

Plano B. Subo as escadas correndo à procura da Luana, mas ela não está em nenhum dos cômodos. Chamo por ela quando chego em todas as portas trancadas, mas ela não abre nenhuma das portas. Desço as escadas de novo e procuro pela Luana no andar de baixo, mas mesmo assim não a encontro. Bom, vou voltar ao plano A.

Bia e Lucas estão no mesmo lugar onde os deixei. Desta vez começo a puxar o Lucas, e desta vez ele se solta de Bia com uma facilidade impressionante. Mas percebo que ele está todo molenga e com as pernas bambas. Mas como nada é tão fácil assim, Bia começa a puxar-lo pelo lado oposto, Percebo que Lucas está começando a ficar tonto já que estamos usando ele como cabo de guerra, mas não vou ceder.

- A Luana vai te matar quando souber o que você está fazendo na festa de vocês. - ameaço tentando fazê-la se distrair, mas ela nem se importa.

- Querida, ela já sabe. - Bia abre um sorriso maléfico e sem perceber solta a mão de Lucas para tentar limpar o batom borrado e eu aproveito para puxá-lo com tudo, mas o pior é que ele desmaia em cima de mim.

Olho para trás e vejo um sofá cerca de 2 metros à distância. Começo a a arrastá-lo pelo chão até o sofá para não ser pisoteado. De repente, ouço um barulho muito alto de tiro, são muitos um em seguida do outro e estão muito mais altos do que a música. E logo em seguida, todas as luzes da casa de apagam. Tudo fica completamente escuro, mas meu foco agora é o Lucas. Apesar de isso me deixar realmente preocupada.

Sento no sofá e deixo Lucas no chão em minha frente. Não consigo levantá-lo mesmo, o importante é que consegui sair de perto da multidão. Agora o que me resta é ficar sentada aqui e ver a silhueta das pessoas chateadas e curiosas para para saber o motivo da queda de luz. De longe, consigo ver uma pequena luz, a única da casa toda, está acesa bem em cima da cabeça da Bia. Os tiros acabam e tudo fica em silêncio.

P.O.V: Luana

Não aguento mais chorar, porém, enquanto eu estava aqui pensei no que vou fazer. A Beatriz merece. Em poucos segundos sinto minhas lagrimas secarem e meu olhar se endurecer se enchendo de puro ódio. Ela vai ver o que é bom pra tosse. Ando até minha cômoda e pego uma caixa de fósforo que eu nunca soube o motivo de eu sempre guardar ali, mas agora ela vai ser bem usada. Saio do quarto apressada e corro para o quintal dos meus pais, ainda está em reforma, então é ótimo que tenha vários baldes de tinta aqui.

É incrível como ninguém me vê passando ou como as pessoas nunca cansam de dançar quando são chamadas para festas. Mas o importante é que consigo chegar ao pequeno corredor do segundo andar que me dá acesso à uma parte do teto do primeiro andar que está lotado de bexigas bem acima das pessoas inocentes dançando livremente.

PRETO E BRANCO • [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora