8 ~ Dando atenção para as fãs

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Hoje não tínhamos nada programado. Teoricamente, era um período de descanso pra todos, então aproveitei para dormir. Se acordasse na hora do almoço, quem se importa?
O problema é que meus irmãos se importavam, então eram 10:00 quando o telefone tocou:
- Tay? - Era Zac.
- Sim... - respondi ainda acordando.
- Te acordei?
- Uhum...
- Foi mal.
- Não esquenta... - disse me revirando - que horas são?
- 10:00.
- Ok... eu ia dormir até a hora do almoço, mas 10:00 é um horário ok... Vc precisa de alguma coisa?
- Não... só liguei pra saber se vc está melhor.
- Ainda não sei... acabei de acordar... mas aparentemente estou vivo.
- Vai tomar café?
- Não sei... vcs já tomaram?
- Já... acordamos tem uma hora mais ou menos e como vc não apareceu, resolvi ligar.
- Não esquenta...
- Ainda temos frutas e iogurte aqui, vc quer?
- Melhor não. Vou pedir coisa fresca... ou esperar até o almoço, não sei...
- Vê ai e qq coisa aparece aqui. A gente vai ficar aqui agora de manhã e talvez a gente saia à tarde pra um rolê.
- Ok... - respondi desligando o telefone sem levantar da cama.
Ainda rolei um tempo na cama, mas o fato é que estamos habituados a acordar cedo, mesmo tendo ido dormir tarde, então meu corpo já estava dolorido de ficar na cama.
Levantei e fui para o banheiro. Olhei meu rosto no espelho e eu estava todo amarrotado.
Tomei um banho e no meio do banho, flashs de Lola passavam pela minha cabeça... *isso está ficando pior do que eu imaginava...* Troquei a temperatura da água: eu preciso de um banho frio pra acordar!
Meu estômago está roncando, mas achei melhor ficar assim e esperar o almoço. Pelo menos eu tenho alguma coisa na qual me concentrar e tb não quero ir pro quarto do Zac. Se eu aparecer por lá, os interrogatórios vão continuar e eu ainda não sei como responder. A única coisa que eu tenho certeza é que Lola não sai da minha cabeça e que estar ao lado dela é a coisa mais divertida e é o que eu mais quero o tempo todo.... *Merda! Pareço a porra de um viciado!*
Fiquei de cuecas jogado na cama e então, 12:00 em ponto meu telefone tocou novamente.
- Tay? - Agora era o Ike.
- Sim...
- Está tudo bem?
- Sim... - respondi sem ânimo.
- É que como você não subiu... - ele não completou a frase.
- Eu queria ficar de boa um pouco, Ike. nada pessoal.
- Ok... mas vc não vai vir nem pro almoço?
*Nós somos assim, grudados, não somos?*
- Já estava de saída, voltei para atender o telefone. - menti.
- Ah! Ok então. Estamos no meu quarto agora.
Desliguei o telefone, me troquei e sai.
Bati na porta e disse:
- Sou eu!
Papai abriu:
- Tay, espero que esteja melhor!
- Estou bem melhor, obrigada - disse sorrindo.
Minha família tem defeitos, claro. Mas é engraçado como eu tenho certeza que sempre estaremos juntos, sempre. Um cara de 17 anos chamando os pais de Papai e Mamãe e almoçando com os irmãos, que ele tb chama por apelidos, soa meio gay, mas isso é uma coisa que nunca vai mudar. Até Ike que é mais velho se referia à eles assim... e no fundo, eu gosto disso.
Zac e Ike já olhavam o cardápio. *esfomeados!*
- Achei que vc ia acabar não vindo... - Ike disse erguendo os olhos.
- Vim pela comida... - respondi me sentando - já pediram?
- Ainda não... estávamos esperando vc. - Zac, sem tirar os olhos do cardápio.
- Não acabaram de dizer que achavam que eu não vinha?! - disse rindo.
- Mas veio! - papai sentando na cama.
- Vim... - disse dando de ombros.
Tinha um tal de bife à cavalo que parecia muito interessante... é bife com um ovo e cebolas... com arroz e salada isso fica ainda melhor!
Fizemos nosso pedido e estávamos almoçando qnd Zac começou:
- Tay, papai acha que a gente precisa por a cara pra fora e dar atenção pras meninas que estão acampadas na frente do hotel.
- Elas estão acampadas mesmo?! - perguntei surpreso.
- Acredite, estão! - Ike cortado o bife.
- Achei que elas iam e vinham! - respondi enfiando um pedaço de ovo na boca. - Hmmm - gemi. * isso é maravilhoso... - o ovo e não as fãs... bem...*
- Não; elas acamparam msm, igual na porta do show... então não é justo vcs deixarem elas sem atenção. - disse papai.
- Pai, não tô a fim de descer... - respondi.
- Tay, não precisa descer e entrar no meio delas, mas pelo menos na sacada, dar um oi... - continuou ele.
- Estamos no quinto andar. - lembrei.
- Elas não se importam... só querem a atenção de vcs e vc sabe disso. - continuou ele.
- É... eu sei... - concordei.
- Se vc estivesse aqui na hora do café, poderia ter argumentado mais, mas agora já foi decidido. Vcs só tem que decidir oq fazer. Mas vão dar atenção às meninas, ok? - disse ele encerrando qq argumentação.
Terminamos de almoçar e Ike propôs:
- Saímos na sacada, acenamos e cantamos à capela. Se inspirar, descemos e damos alguns autógrafos, ok?
- Boa! - concordou Zac.
-Ok. - respondi, pq não adiantaria negar.
Escovamos os dentes, respiramos fundo e fizemos um pqno aquecimento. Nosso pai nunca deixa a gente cantar sem se aquecer. A voz era nosso instrumento mais precioso e é insubstituível.
- Bom, vcs já sabem o que fazer. Eu vou aproveitar um pouco o hotel. Se precisarem, vou estar na piscina - anunciou meu pai, saindo com a certeza de que cumpriríamos nossos papéis.
Zac abriu a sacada e espiou e as meninas gritaram. Ele começou a rir e disse, colocando a cabeça para dentro do quarto:
- Está lotado, mesmo debaixo de sol! As brasileiras são foda!
- Ok... sem autógrafos! - disse.
- Sem autógrafos... - concordou Ike.
E saímos. Os gritos aumentavam a cada aceno e nós rimos, pq de fato é engraçado. Eu deveria filmar isso, mas as câmeras ficaram no meu quarto e eu não vou até lá pra isso...
São muitas meninas diferentes *viva a diversidade brasileira* e todas olhavam pra cima e acenavam, levantavam cartazes e tentavam fotografar.
Elas estão eufóricas, mas então houve um momento em que pareciam formigas se organizando e então todas levantaram os braços e começaram a cantar Save me.

Cara, não sou de me emocionar, mas confesso que foi super legal ver elas todas organizadas, de braços pra cima, cantando a música perfeitamente decorada

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Cara, não sou de me emocionar, mas confesso que foi super legal ver elas todas organizadas, de braços pra cima, cantando a música perfeitamente decorada. Se for assim no show, será uma energia difícil de conter! Já dava pra ver a comoção: meninas chorando, se abraçando...
Então começamos a marcar o tempo e no refrão, entramos juntos:

"Won't you save me?
Saving is what I need
I just wanna be by your side..."

Never Let Go ~ E foi assim (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora