Never Let Go ~ E foi assim (COMPLETA)

17 ~ Lola tem gosto de céu

Quando o ar ficou quente demais para um parquinho e eu lutei para esconder o que acontecia dentro das minhas calças, nos soltamos e ficamos sentados no banco, ainda rindo anestesiados e ela encostou no meu peito, tão pqna e quente e eu não consegui soltar ela. Tenho medo de que se eu soltar, ela vá embora e eu acordaria. Pq se houver um paraíso, ele tem o gosto do beijo da Lola.
É impressionante o que ela me fez sentir em tão pouco tempo!
Eu já tinha beijado outras garotas, claro! Oportunidades não faltaram qnd se é famoso e eu tb armei a barraca por algumas, mas nunca tinha sido nada além de tesão. Eu queria me satisfazer, mas nunca passei dos amassos... acho que nenhum de nós (Ike e Zac) passamos... talvez pela educação que recebemos, talvez por medo de um filho na adolescência ou simplesmente pq a garota certa não tinha aparecido. A gente não conversa muito sobre isso.
Bom, não tinha aparecido a pessoa certa pra mim até agora. Pq com a Lola é tudo diferente e intenso. Eu quero fazer amor com ela, mas quero ver ela sorrir acima de tudo e quero ser o motivo do sorriso dela.
Eu estava fantasiando sobre isso qnd
Ela me trouxe de volta à Terra com a pergunta:
- Seu pai sabe disso?
- Eu não disse nada, mas eu sei que ele sabe. Ele sempre sabe. É engraçado como nossa família é grande, mas a gente se conhece, entende? E eu sei que eles fariam qq coisa por mim, assim como eu faria qq coisa por eles - respondi ciente do orgulho na minha voz.
- Sei... minha família não é bem assim, mas eu sei... Somos só minha mãe, minha irmã e eu em casa e fora a gente, tem uma tia e minha avó, a família é bem curta, mas a gente se ama e cuidamos uns dos outros também. - respondeu ela com um sorrisinho.
- Fico feliz em saber. Família é uma coisa importante pra mim... - e apertei ela - Você vai ser parte disso... - as palavras saíram sinceras, msm sem saber como eu faria isso dar certo.
Nos beijamos novamente, dessa vez mais calmos, com menos urgência. Acho que ambos entendemos que agora é real e não precisamos ter medo de acordar a qq momento.
- Amanhã eu dou um jeito de falar com o meu pai e vamos ver o que conseguimos, ok? - prometi.
- Ok... - ela respondeu apoiando a cabeça no meu ombro.
Olhei no relógio e disse:
- Já está tarde, precisamos subir, pq apesar do show ser amanhã a noite, sempre acordamos cedo para repassar o repertório e ver como estão as coisas. - disse sem vontade de encarar a realidade.
- Tudo bem. Hoje foi um dia longo msm. - Ela concordou se levantando e eu segurei a mão dela e pedi:
- Vamos juntos?
- Vamos... - ela respondeu com um sorriso.
Subimos juntos pelo elevador social. O hotel estava em silêncio quase absoluto, afinal, já é bem tarde, mas msm assim nos comportamos e subimos como amigos. Nós não somos assim tão inconsequentes. Sabemos a repercussão que subir de mãos dadas teria.
Mas ficar fechado naquele elevador com ela me dava coisas... então sem perceber, desci no mesmo andar que ela e a segui até a porta do quarto dela.
Paramos em frente a porta e ela mal conseguia colocar a chave na porta, de tanto que tremia! Eu não estava melhor que ela, e pra piorar, ela virou pra mim e disse:
- Você quer entrar?
Se ela soubesse tudo q passava na minha cabeça desde que eu tinha visto os mamilos dela marcados através do pijama, ela jamais faria uma pergunta dessas.
Fiquei tentando a aceitar, mas ela e eu tremíamos tanto que ficou claro que apesar do tesão do momento, ambos pareceríamos um casal de velhos com Parkinson se tentássemos tirar a roupa. Seria melhor eu terminar isso sozinho do que passar essa vergonha, então respondi como um cavalheiro:
- Melhor não... precisamos descansar.
- Ainda bem... - ela deixou escapar e eu ri - desculpe, não foi a intenção... - completou ela rindo com o rosto vermelho.
*ainda bem que eu não entrei... definitivamente não íamos terminar*
- Eu sei... por isso eu te amo desde o primeiro dia. - respondi com sinceridade.
- É? Pq? - disse ela curiosa, com a cabeça tombada para o lado.
- Você é espontânea demais... fala o que pensa, mesmo sem querer. Estamos cheios de garotas nos bajulando, decorando nossas coisas favoritas... as fãs são ótimas, mas a pessoa para estar ao nosso lado tem que ser mais do que isso... tem que ver a pessoa por trás do artista e eu acho que vc faz isso.
- Eu demorei um pouco para ver isso... - ela disse olhando os pés, que se mexiam nervosamente.
- Eu sei... mas agora Zac pode ser seu cunhado favorito, oq acha? - perguntei sorrindo.
- Acho uma boa ideia... mas eu não posso decidir sem conhecer todos. - disse ela mordendo o lábio inferior num sorriso sexy.
- Não se preocupe, vc vai. - prometi.
*Eu prometeria qq coisa pra ela agora...*
- Desculpa quebrar o clima, mas quero afirmar que eu continuarei sendo o cunhado favorito...
Era a voz do Zac... então Lola e eu olhamos ao mesmo tempo e gritamos qnd confirmamos nossa suposição:
- ZAC!
Ele estava na ponta do corredor, com as mãos na cintura e um maldito sorriso sacana na cara.
- Zac, desde quando você está ai? - perguntei sério.
- Na verdade faz pouco tempo... - dando de ombros - cheguei bem na hora do "Zac pode ser seu cunhado favorito" - disse ele me remedando.
- E que diabos vc faz aqui?! - perguntei com vontade de socar a cara dele até aquele sorrisinho de "te peguei" sumir *ok, eu não socaria ele de verdade... nunca brigamos de mão, nem qnd éramos crianças*.
- Você não estava no quarto, pq eu liguei, bati... então achei que a Lola saberia onde te encontrar. Estava vindo perguntar, mas não preciso mais da resposta. Não dessa, pelo menos. - riu.
- Francamente... - respondi pq estava nervoso demais pra falar algo melhor.
- Vcs querem entrar? - ela perguntou.
Olhamos pra ela e acho que Zac tb tinha se esquecido que ela estava ali. fiquei tão puto que esqueci msm!
- Eu adoraria... - Zac disse caminhando.
- Ah, não vai... - falei firme, segurando o braço dele.
- Deixe eu terminar a frase? - Zac ainda com aquele olhar filho da puta, se soltando - continuando... eu adoraria, mas não posso. - e virando pra mim, continuou - Ike e eu estávamos pensando em deixar o Dimitrius como apoio no lugar do Will, oq acha?
- Por mim, tudo bem. Will se cansa demais em climas tropicais mesmo... creio que não vai ficar chateado. - respondi entrando no "modo trabalho".
- Relaxa, já até falamos com ele. - Zac acenando.
- Então... pq vc veio me procurar se já decidiram? - Perguntei impaciente.
- Pq eu sabia que vc estaria se declarando e eu não perderia isso por nada no mundo! - Zac rindo enquanto voltava para o elevador.
*essa peste me paga!*
- Vai ter troco... - resmunguei e ela riu:
- Acho que estamos fazendo barulho demais...
- Sim... melhor eu ir. Preciso descansar e amanhã vou ter uma conversa séria com todos, mas especialmente com o Zac... francamente! - disse olhando para o elevador, que já tinha partido.
- Como ele sabia? - ela me perguntou curiosa.
- Ike deve ter falado alguma coisa.... - conclui.
- Ike?! - disse ela com os olhos arregalados.
- Sim... acho que ele foi o primeiro a perceber. Ele é muito observador, por isso não fala muito.
- Entendi... - concordou ela com um aceno de cabeça.
- Bom, durma bem e nos vemos amanhã. Será um dia longo, então talvez eu não possa te dar tanta atenção. - avisei.
- Tudo bem... - disse ela sem transparecer muita dor, mas os olhos eram cativantes.
- Boa noite. - disse me curvando para mais um beijo.
*os beijos da Lola são como droga, no bom sentido, claro... ok, vcs sacaram, não? Eles viciam!*
- Boa noite... - respondeu ela sem fôlego qnd terminamos.
E eu fui obrigado a deixar ela e ir para o meu quarto antes que meu soldado saltasse das calças.