- One.

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Assim que o avião pousou, Harry respirou aliviado pisando firme no chão. Seguiu a fila de pessoas e entrou no pequeno ônibus que levava de um lado para o outro pelo grande aeroporto. Caminhou tranquilamente até uma lanchonete esperando o horário para pegar sua mochila e pediu um lanche, tentando treinar o francês, o que não funcionou, então pediu em inglês mesmo.

Ele comia o croissant se deliciando com o gosto enquanto revia o endereço do hotel que vai se hospedar, nada muito caro ou bonito. Na verdade, foi um dos mais baratos que escolheu, sua sorte foi que era um prédio bem localizado. Enquanto observava a correria diária do local, suspirou pensando em o que cada pessoa faria. Pode-se dizer que era uma mania do garoto.

Observou um par de senhoras elegantes e pensou que iriam ambas para Barcelona, comprar joias ou roupas finas. Sorriu observando um pequeno garotinho que conversava animado com um pequeno gato enjaulado, o cacheado não entendia muito daquela conversa, mas sorria pela animação do pequeno. Observou também duas adolescentes que vinham lado a lado, trombando as mãos. Quando os pais de ambas viraram o rosto para ouvir o que alguém da companhia falava as meninas selaram os lábios rapidamente, voltando a posição inicial antes dos pais de ambas voltarem a encaras as duas.

Harry sorriu com a cena e pensou que elas deviam ter um namoro secreto e que logo, a de cabelo azul iria contar para os pais. Era sim uma mania estranha, mas o fazia viajar na sua própria cabeça.

Após pegar sua mochila e pendurar nos ombros, foi atrás de um táxi, o que foi rápido. O motorista bigodudo falava depressa enquanto dirigia, vez ou outra tirando as mãos do volante para dialogar. Harry era um misto de abraçar a mochila com medo e concordar fingindo que entendia.

De longe viu a magnifica torre, fazendo seu coração bater rapidamente. Grudou as mãos no vidro da janela e olhou encantado para toda a vista. Muitos casais mesmo que fora do carro eram possível ser vistos, se abraçando ou se beijando. Afinal, ali era a cidade do amor.

Assim que, finalmente, o motorista parou. Harry pulou do carro agradecendo para o homem que dizia algo como "Bem vindo", ou coisa do tipo. Pegou a mochila que apelidou de Lola, e entrou no edifício pequeno, mas aconchegante.

Por fora era de tijolos e algumas trepadeiras subiam pelas paredes, dando a impressão de antigo. Já dentro, o cheiro de café era forte, e inebriante fazendo o garoto estremecer. Se aproximou da bancada onde uma senhora rechonchuda falava no telefone, no sotaque natural do lugar. Ergueu um dedo para Harry, e assim que desligou forçou um sorriso na direção do cacheado.

- Bienvenue à Paris, comment puis-je vous aider? - Harry prensou os lábios e arregalou os olhos, a expressão da mulher foi o bastante para Harry entender que a senhora percebeu que ele não a entendia. A mulher grisalha gritou algo e logo um rapaz ruivo apareceu, com as bochechas vermelhas, trocaram algumas palavras rápidas que fizeram o cacheado se amaldiçoar por não ter ido as aulas de Francês na escola. A senhora acenou para Harry e apontou para o menino. - Sabe inglês! - Diz de forma engraçada, empurrando o ombro do ruivo que foi para trás do balcão, ficando de frente para Harry.

- Olá, bem vindo á nosso hotel. Como posso ajudar? - Diz de forma robotizada, mas mesmo assim simpática fazendo Styles abrir um sorriso. O garoto tinha não mais que 15 anos, e parecia entediado ali.

- Olá, sou Harry. E tenho uma reserva aqui. - Ouve o garoto pedir os documentos de Harry e ir até um computador velho, digitando suas informações. O ruivo some por alguns segundos e volta entregando para o cacheado seus documentos e uma chave bonita, com um papel pendurado, com o número cinco gravado numa caligrafia caprichada.

- Seu quarto é o cinco. Pode subir. O café da manhã já passou, e não servimos almoço. Mas a janta sim. Que é as dezenove em ponto. Obrigado por nos escolher. E meu nome é Jack, se precisar de algo.- Sorri mostrando os dentes com aparelhos. Harry sorri e murmura um valeu, subindo as escadas e rindo da forma que o garoto falava, sem dar tempo de intromissões.

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