- Twenty-two.

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 Harry não podia acreditar em seus olhos. Não podia ser, era mentira. Depois de tanto tempo, ele não podia acreditar que ele estava ali. 

 Styles deu um passo vacilante para frente, e o corpo em sua frente deu também. Olhos nos olhos. Merda, era Louis! Harry rapidamente atravessou a sala de luzes e parou de frente ao menor, as pontas de seus tênis se tocavam, e Harry respirava de forma desregulada e pesada. 

 Ele o encarou desde a ponta dos pés, as panturrilhas marcadas pela calça, as coxas que viviam apertadas no jeans, o quadril largo e a cintura fina, sua barba estava por fazer, e grandes olheiras estavam abaixo de seus olhos, e merda ali estavam seus olhos.

  Azuis, intensos e poucos iluminados, seu nariz continuava o mesmo arrebitado e cheio de sardinhas, seu cabelo estava maior, sua franja estava na altura de seus lábios, e merda... Seus lábios, finos e vermelhos, do jeito que Harry se lembrava. 

 O maior não consegue parar de encara-lo, ele ergue uma mão como se tivesse medo de toca-lo e ele desaparecer, Harry toca em sua bochecha, sentindo a pele fria de Louis sobre seus dedos, não era miragem. 

 Assim que seus dedos entram em contato com a pele do menor, seu coração palpita como a muito tempo não fazia, parecia que uma parte de seu corpo tinha voltado a vida, e Harry soltou uma lufada de ar pela boca, ao mesmo tempo que Louis soltou um soluço, quando levou a sua própria mão tremula ao rosto do maior, sentindo sua pele. 

 Ele nem mesmo esperou, ele somente puxou o rosto do menor com ambas as mãos e tocou seus lábios nos deles, em um beijo repleto de saudades. 

 Nunca em sua vida, Harry achou que beijar alguém o traria tanto sentimentos como agora. Ele beijava Louis com tanta vontade, tanto amor que chegava a doer a forma que os lábios se roçavam, ele segurava no rosto do menor, com medo de deixa-lo fugir, e Louis apertava seu maxilar, não se afastando um milimetro possível.

  Styles levou uma mão até a nuca de Louis, massageando o local, enquanto sua outra mão apertava sua cintura, e Deus Harry sentia tanta falta do corpo de Louis.

 O menor estava totalmente tomado, suas mãos pequenas apertavam tanto os ombros de Harry, que o maior sentiu dor, mas nada os afastaria. 

 Eles se beijaram por minutos, minutos longos e recheados de lábios e línguas babadas que se esbarravam severamente uma contra a outra, Harry sugava os lábios do menor como se fosse a cura para sua dor ali, e Louis ficava na ponta dos pés, somente se deixando ser tomado pelos beijos cativantes do maior, que apertava seu corpo da mesma forma que Louis o apertava, sentindo sua pele e seu corpo quente, erguendo a mão e tocando sua nuca agora livre de cachos e merda, Louis agarrou os poucos e curtos fios que pode, era muito bom estar ali novamente, sentir aquilo tudo novamente. 

 Eles se afastam quando Harry achou que iria morrer de falta de ar, e sem demora ele cola sua testa na do menor, sentindo a respiração afobada e acelerada de Louis, que estava igual a sua, totalmente desregulada e forte. Ele umedece o lábio inchado e judiado, ao redor de seus lábios estava completamente vermelho pelas sucções de Louis e ele sentia que seu coração sambava como louco. 

  – Você me abandonou. – Diz entrecortado, encarando os olhos do menor. 

 Louis sugou o ar de forma necessitada, negando lentamente enquanto passava um dedo curto pela sobrancelha do maior, delineando cada parte de seu rosto, fitando suas iris verdes que quase não apareciam pelo preto das pupilas, as narinas se alargavam para puxar o ar de forma pesada, e os lábios estão tão inchados e convidativos que Louis umedeceu os seus doloridos e o selou. 

  – Eu nunca quis te deixar. – Diz com a voz baixa, parecia tão quebrada que Harry sem pensar duas vezes o puxou agora para um abraço, extremamente apertado.

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