Capítulo 20 - Começo dos descobrimentos

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Boa Leitura! 💜

Junho, 21, 2028.

BRASIL. Rio De Janeiro. Corcovado. Condomínio Doce Luxo. 12:16 pm.

Narração por Violet

Até que enfim. Sábado. O dia da semana em que eu não trabalho. A não ser que tenha planilhas em excesso pra eu conferir.

Graças a Zeus hoje não tem!

Vantagens de namorar um homem tão dedicado ao trabalho.

Enfim. Dia de sentar com o traseiro no sofá e contemplar um maravilhoso pote de sorvete de creme, assistindo à séries antigas que guardei no meio das minhas coisas quando vim pra cá.

O chato é que Christopher não recebeu nenhuma chamada de viagem e também está em casa. O clima desde ontem está péssimo entre nós dois. Complicado.

Mas o que eu posso fazer? Eu gosto dele, não quer dizer que eu irei terminar com Junior por causa disso. Ele teve oportunidade de conversar sobre isso comigo até antes de ontem. Não conversou porque não quis!

E Junior me será muito útil. Mas, não é nem por causa disso que eu aceitei namorar com ele. Eu gosto dele também. Nem tente entender minha situação. Ela é complicada demais em termos de relacionamento. Nem me importo mais em pensar nisso e no quão ridículo isso pode parecer. Logo comigo que sempre fui tão resolvida na minha vida.

— Oi.

Ele me olha de soslaio. O silêncio que se instalava na sala entre nós dois estava absurdamente infernal. Estava sentada sozinha assistindo televisão desde 11:00 da manhã. Até que ele apareceu, se sentou ao meu lado e não disse absolutamente nada. Vez ou outra eu olhava pelo canto do olho e o pegava encarando meu sorvete. Mesmo assim, não falamos nada.

E isso é muito chato.

— Eu quero.

Oi? O que eu perdi?

— Como é que é? — pergunto, com a sombrancelha desafiadoramente arqueada.

— O sorvete. Eu quero.

Aaaaaata! Meu Zeus!

Começo a rir descontrolavelmente e ele parece não entender. Me encara e é a vez dele de perguntar o que houve.

— Ué. Eu tento puxar conversa e você do nada fala "eu quero". Dá pra desconfiar, sei lá.

Ele começa a rir junto comigo.

— Desculpe, é que esse sorvete tá com uma cara tão boa e, se eu não me engano, é o último do freezer.

Pode pegar.

Nem acabo de dizer e ele arranca o pote das minhas mãos, já resgatando o conteúdo do pote, com uma colher em mãos que eu nem havia visto desde então.

— Saiu de onde? — pergunto à ele.

— Quem? Eu? Da minha mãe, ué. De um dinossauro que não foi — riu, com a boca cheia de sorvete.

Loucos no ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora